
Fotos: Antônio Kampffe
O Linha Verde, programa do Disque Denúncia em parceria com o Governo do Estado, já recebeu este ano, entre janeiro e fevereiro, 685 ligações sobre crimes ambientais. O maior número de denúncias nos primeiros meses de 2017 foi referente a maus tratos com animais. Extração irregular de árvores e guarda ou comércio de animais silvestres também estão na lista dos mais denunciados.
O serviço, cujas informações são repassadas pela população de forma anônima, só no ano passado registrou 5.339 denúncias sobre ilícitos cometidos contra o meio ambiente em todo o Estado do Rio.
Lançado em 2013, o Linha Verde tem contribuído significativamente para coibir irregularidades em diversos municípios fluminenses. Já foram cadastradas cerca de 20 mil denúncias desde o início do serviço.
“Atualmente, cerca de 60% das ligações encaminhadas pelo Linha Verde aos parceiros são verídicas e a polícia consegue obter resultados positivos e importantes no combate aos crimes realizados contra o meio ambiente”, disse o coordenador-geral do Disque Denúncia, Zeca Borges.
O Rio de Janeiro registra o maior número de ligações. Fora da capital, as cidades que mais denunciaram em 2016 foram São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Niterói e São João de Meriti. As informações registradas pelo serviço são encaminhadas para órgãos como a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
“Após recebermos as informações, comparecemos ao local e apuramos quem praticou o delito. Fazemos perícia e ouvimos testemunhas ou juntamos algum elemento de prova que confirme o crime”, explicou o delegado da DPMA, Roberto Gomes Nunes.
Unidades de defesa do Meio Ambiente também são acionadas pelo Linha Verde como, por exemplo, o Comando de Polícia Ambiental (CPAm), a Coordenadoria Integrada de Combate à Crimes Ambientais, as secretarias municipais de Meio Ambiente e a Patrulha Ambiental.
“O Disque Denúncia Linha Verde é um serviço que vem auxiliando muito o CPAm a reprimir os crimes ambientais. A partir dessa troca de informações, nosso patrulhamento fica mais eficiente, no esforço de evitar a degradação do meio ambiente e na proteção da fauna, da flora e da vida humana”, ressaltou o comandante do Comando de Polícia Ambiental, coronel Mario Marcio Pereira Fernandes.
O programa já ajudou a resgatar pássaros em cativeiros, contribuiu para que balões fossem apreendidos e locais de desmatamento e abertura de poços artesianos, encontrados. O serviço recebeu ainda denúncias sobre queimadas; maus tratos contra animais; caça e guarda de animais silvestres; fabricação e comercialização de cerol, linha chilena e balões; poluição das águas e do solo; extração irregular de árvores;, extração mineral; desmatamento florestal; pesca irregular; construção irregular; desvio de curso; comércio ilegal de água; captação clandestina de água; despejo de esgoto clandestino; desperdício de água; rinhas de galo; lixo acumulado, entre outras.