A violência contra policiais militares no Rio de Janeiro não para. Um PM e dois criminosos morreram, ontem de manhã, após um confronto na comunidade Proença Rosa, em Honório Gurgel, na Zona Norte. O sargento Wendel Nascimento, de 44 anos, foi baleado na barriga, foi socorrido e levado para o Hospital Carlos Chagas, mas não resistiu quando passava por cirurgia. Wendel é o 116º PM morto esse ano. Ele era lotado no 9º BPM (Rocha Miranda) e tinha 16 anos na corporação. Ele deixa mulher e dois filhos. Os criminosos morreram no local. Policiais do 9º BPM fizeram uma operação na região. Um dos bandidos mortos era o suspeito que atingiu o PM com um tiro de fuzil, segundo a corporação. A polícia apreendeu o fuzil modelo AK-47 e uma pistola 9mm. A ação ainda está em andamento.
O confronto de ontem afetou estudantes da Escola Alípio Miranda Ribeiro, em Coelho Neto. Eles estavam chegando quando a troca de tiros começou. As crianças ficaram abrigadas até final do confronto. A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que a escola segue funcionando nesta manhã, mas para o turno da tarde ainda não há confirmação se irá funcionar normalmente. No fim de semana, a comunidade foi palco de briga de facções rivais com intenso tiroteio, segundo relatos em redes sociais. Bandidos teriam invadido a favela durante um baile funk dando tiros, deixando três pessoas feridas, na madrugada de domingo. A PM não deu informações sobre a suposta invasão.
E ainda na noite de domingo, um policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Fazendinha foi sequestrado por traficantes do Complexo da Vila Ruth, em São João de Meriti. Segundo a Polícia Militar, o soldado, identificado apenas como Harley, foi resgatado após uma operação policial na região. A arma do PM foi levada pelos criminosos. De acordo com a PM, Harley, que mora próximo à comunidade, foi rendido por cerca de dez bandidos armados quando saía de casa, por volta das 20h30. A vítima foi levada para o alto da favela, onde ficou cerca de 40 minutos sob a mira dos traficantes até o resgate. Segundo a polícia, os criminosos pretendiam executar o policial.
Ainda de acordo com a PM, o soldado conseguiu escapar durante uma troca de tiros entre militares e os traficantes. Ele foi levado até a delegacia registrar o roubo de sua arma e fazer a queixa de sequestro. Policiais do Grupo de Ações Táticas (GAT) realizam um vasculhamento na área para tentar recuperar o armamento roubado do policial e prender os marginais. Ainda não há informações sobre presos e feridos.
