Ministro da Justiça diz que comandantes de batalhões são sócios do crime

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Em meio à crise na segurança pública no Rio, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, pode acirrar os ânimos no governo do estado. Segundo o site UOL, Jardim disse que comandantes de batalhões da PM “são sócios do crime organizado no Rio”. Ainda de acordo com o UOL, ele considera que o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de Segurança, Roberto Sá, “não controlam a Polícia Militar”.

O ministro afirmou ainda que a atuação das forças federais no estado só terá reflexo para melhoria da segurança no fim de 2018 e que, na gestão de Pezão, os resultados não serão percebidos pela sociedade: “Nós já tivemos conversas, ora eu sozinho, ora com o Raul Jungmann (ministro da Defesa) e o Sérgio Etchengoyen (ministro do Gabinete de Segurança Institucional ), conversas duríssimas com o secretário de Segurança do estado e com o governador. Não tem comando”.

Para o ministro, o assassinato do tenente-coronel Luiz Gustavo Teixeira, comandante do 3º Batalhão no Méier, não foi um crime comum.

“Esse coronel foi executado, ninguém me convence que não foi acerto de contas”, disse o ministro, segundo o site.

O ministro afirma que pediu explicações sobre o caso ao governador do Rio numa reunião sobre segurança na semana passada no Acre e que foi informado que teria sido um assalto.

“Ninguém assalta dando dezenas de tiros em cima de um coronel à paisana, num carro descaracterizado. O motorista era um sargento da confiança dele”, disse o ministro, ainda de acordo com o UOL.

Para o ministro, há mudança no perfil do crime organizado no estado, com a milícia assumindo o controle do narcotráfico. Ele explica que os principais chefes do tráfico estão detidos em presídios federais e tem ocorrido uma “horizontalização” do comando, o que torna o combate mais difícil. Para ele, a partir dessas pulverização dos comandos do tráfico, integrantes da PM se associaram ao crime.

“É aí que os comandantes de batalhão passam a ter influência. Não tem um chefão para controlar. Cada um vai ficar dono do seu pedaço. Hoje, os comandantes de batalhão são sócios do crime organizado no Rio”, disse Torquato Jardim ao UOL.

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