O Ministério Público Federal (MPF) promoveu esta semana a oficina “Segurança, ética e cidadania na internet: educando para boas escolhas” no Colégio Pedro II. Um total de 55 professores participaram da atividade, que busca oferecer a educadores ferramentas para que eles possam difundir o uso consciente da internet entre seus alunos.
A oficina integra o projeto “Ministério Público pela Edução Digital nas Escolas”, desenvolvido pelo MPF em parceria com a organização não-governamental Safernet e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), e será realizada em 10 capitais ao redor país em seu primeiro ano. “A prevenção aos problemas surgidos pela uso inadequado da internet é ainda mais importante do que a simples repressão”, afirmou a procuradora regional da República Márcia Morgado, que coordena o projeto com a procuradora regional da República Neide Cardoso e organizou a oficina na escola com a procuradora da República Maria Cristina Cordeiro.
Durante o evento, Rodrigo Nejm, diretor de educação da Safernet, explicou que a abordagem da oficina não era apenas desde um ponto de vista técnico e criminal, mas principalmente comportamental. “Restringir ou bloquear o acesso não é o caminho. O discernimento entre o que é e o que não é uma boa conduta é mais eficaz”, disse ele.
A noção de que a internet é um espaço público, em que todos têm direitos e deveres a cumprir, ainda não está clara, “então as pessoas acabam se comportando como se fosse uma terra sem lei”, esclareceu Nejm. “Os jovens não são só vitimas dos crimes on-line, às vezes eles mesmos comentem infrações sem nem se darem conta disso”, complementou Morgado. “Esse trabalho não pode se encerrar aqui, ele é um processo e vocês podem ser os multiplicadores”, concluiu a procuradora.