Olimpíada 2016: criatividade com baixo custo para festa de abertura

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Em Londres foram gastos 27 milhões de libras somente na abertura do evento
Em Londres foram gastos 27 milhões de libras somente na abertura do evento

Com uma estimativa de orçamento dez vezes menor do que o dos Jogos de Londres 2012, as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 terão muita criatividade com baixo custo. É o que prometem os diretores Fernando Meirelles, Andrucha Waddington e Daniela Thomas, responsáveis pela festa de abertura, e Rosa Magalhães, que fará o encerramento.
Londres teve um gasto estimado, só com a cerimônia de abertura, de 27 milhões de libras. Somando os gastos das cerimônias de encerramento e abertura e encerramento dos Jogos Paralímpicosteve, eles chegaram 80 milhões de libras.
Para Meirelles, o orçamento menor dos Jogos do Rio não vai diminuir a grandiosidade dos eventos de abertura e encerramento. “Para a gente isso não é um limite ou um drama, porque não faz sentido o Brasil fazer uma cerimônia espalhafatosa, torrar dinheiro num país que não tem saneamento; Bangu [bairro da zona oeste da capital fluminense] não tem saneamento. A gente não pode gastar a fortuna que foi gasto em Pequim ou em Londres. Então eu acho, de bom senso e sensato, nós apostarmos num bom conceito, no bom gosto. Um recado muito legal, sem esbanjar. Não é higt tech, é higt concept”, disse.
Rosa Magalhães garantiu que o luxo não vai faltar, apesar da festa ter um conceito diferente do carnaval. “Olha, o luxo a gente vai ter que ter alguma coisa, pelo menos papel prateado. Eu espero colocar um papel rochedo [alumínio] que passe por um strass grande. Não vai ser pobrinho não, uns penachos de vez em quando. Carnaval tem muitas facetas.”
Apesar de algumas dificuldades técnicas que o Maracanã oferece, como o campo ser menor do que os de estádios olímpicos, sem a pista de atletismo e ter portas de acesso pequenas, Andrucha Waddington prometeu muita ousadia, como em Londres, onde foi simulado um salto de paraquedas da rainha Elizabeth II com o personagem dos filmes de ação James Bond. “A ideia é quebrar tudo, a ousadia é nossa arma. A nossa rainha será a nossa cultura popular”.
Sobre a possibilidade de vaias aos governantes, como ocorreu na abertura da Copa do Mundo 2014, Daniela Thomas, lembra que o país já passou por momentos políticos mais difíceis que o atual, como os 22 anos de ditadura militar, e que crises políticas acontecem no mundo inteiro, sendo as olimpíadas um período propício para superar as diferenças.
“As Olimpíadas passam por todas as questões políticas e fala sobre o humano, sobre o respeito, a admiração, sobre gostar, ter energia, ter vontade de viver. A gente quer fazer uma grande festa, a festa sempre é o melhor remédio. Se ela existir [a vaia], ela vai ser incorporada, do mesmo jeito que o Hino Nacional é cantado pela plateia, a vaia faz parte da festa. Vaiar, pular, gritar, tudo isso a gente quer, a gente quer todas as formas de atuação da plateia”.
Serão necessários 12 mil voluntários para as quatro cerimônias e 10 mil pessoas já se inscreveram. Não é preciso ser profissional, mas é desejável ter algumas habilidades específicas, como dança, patins, música, bicicleta e atuação. As inscrições on-line estão abertas até 30 de setembro. As audições começam no dia 7 de novembro e vão até fevereiro. Os ensaios começam em abril de 2016, três vezes por semana. A abertura dos Jogos está marcada para 5 de agosto e o encerramento no dia 21. Nos Jogos Paralímpicos, a abertura ocorre no dia 7 de setembro e o encerramento em 18 de setembro.

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