Oito suspeitos de integrar uma quadrilha que explodiu duas agências bancárias em Paraty, na Costa Verde do Rio, no último dia 29, foram identificados num trabalho conjunto das delegacias 167ª (Paraty), 166ª DP (Angra dos Reis) e 168ª DP (Rio Claro) — que contou ainda com apoio de agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). Dois deles estão presos.
Os nomes de todos os suspeitos estão sendo mantidos em sigilo para não atrapalhar as investigações. Eles já tiveram as prisões temporárias decretadas pela Justiça. A polícia acredita que o bando tenha mais
— Trabalhamos com a hipótese de que haja outros bandidos envolvidos no assalto — disse o delegado Uriel Alcântara Machado, titular da 167ª DP.
Os dois presos são de São Paulo. Eles foram interceptados por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Rio Claro, no Sul Fluminense, e levados para a 168ª DP pela PM. Lá, os policiais percebram que a os dois poderiam ter relação com o roubo. Com a dupla foram encontrados R$ 3 mil.
Após um trabalho de inteligência que envolveu policiais das delegacias, os outros seis suspeitos foram identificados. De acordo com as investigações, todos os foragidos seriam integrantes de uma quadrilha de traficantes que costuma agir em Angra dos Reis, também na Costa Verde.
A polícia também já sabe que, horas antes do roubo, os bandidos se reuniram numa casa na comunidade de Areal, em Angra. De lá, o bando — que usava fuzis e pistolas —se dividiu e seguiu para Paraty em dois carros. Os veículos, que haviam sido roubados no município do Rio de Janeiro, foram incendiados pelo grupo e abandonados no local do crime, no Centro de Paraty.
Além de dinheiro dos caixas eletrônicos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal (CEF) — foram levados ao menos R$ 170 mil — o bando também explodiu o cofre de uma das agências. Todos os oito suspeitos responderão por crimes de furto qualificado,organização criminosa e associação para o tráfico de drogas.
‘Miguelitos’, fogo em carros e fuga de lancha
A ação ousada dos bandidos ocorreu durante a madrugada do último dia 29. De acordo com relatos de testemunhas, cerca de 20 criminosos armados participaram do assalto.
Além de incendiar os carros que usaram, os criminosos espalharam grampos de ferro — conhecidos como “miguelitos” — nas proximidades das agências. O objetivo foi dificultar a movimentação dos veículos da Polícia Militar. Quando os agentes conseguiram chegar ao local, a quadrilha já havia fugido pelo mar, em duas lanchas.
No caminho para o local da fuga, o bando ainda espalhou o terror entre barraqueiros — alguns deles foram assaltados pelos bandidos.