Polícia investiga se morte de estudante da UFRJ tem relação com homofobia

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Diego foi encontrado morto em um matagal perto do alojamento dos estudantes
Diego foi encontrado morto em um matagal perto do alojamento dos estudantes

A Delegacia de Homicídios está investigando a morte do estudante da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Diego Vieira Machado, cujo corpo foi encontrado na tarde de sábado (2) no campus da Ilha do Fundão. O Programa Rio Sem Homofobia, do governo fluminense, repassou à polícia a informação de que tanto Diego quanto outros estudantes gays e negros vinham recebendo ameaças.
Representantes do programa de combate à homofobia devem se reunir ontem com policiais na Delegacia de Homicídios. Pelo Facebook, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) disse que há fortes suspeitas de que o crime tenha sido “motivado ou potencializado” por homofobia.
“Além do detalhe marcante de ter sido encontrado sem a calça, que indica que o crime tinha mais do que a motivação ocasional, estudantes no alojamento denunciaram nos últimos dias o recebimento de emails com ameaças contra alunos LGBTs e negros. A mensagem dizia claramente ‘sabemos quem são vocês’ e ‘queremos vocês fora daqui’”, escreveu Wyllys.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRJ organizou um protesto na manhã de hoje na Reitoria da Universidade. A Polícia Civil fez uma perícia no domingo (3) no local onde o corpo foi encontrado e deve começar a colher depoimentos.
Até o final da manhã de ontem, o corpo de Diego Vieira continuava no Instituto Médico Legal (IML), aguardando a chegada de parentes para sua liberação. O estudante deve ser sepultado no Pará, estado onde nasceu.
A secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos informou, por meio de nota, que acompanha de perto as investigações sobre a morte do estudante Diego Machado e recomendou à Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos e à Subsecretaria de Direitos Humanos o empenho no atendimento dos amigos e parentes do aluno da UFRJ. O secretário Paulo Melo classificou como grave o assassinato por haver indícios de que o crime foi de homofobia.
“Se confirmar que se trata de um crime de homofobia será a confirmação de que vivemos um período de retrocesso na garantia dos direitos civis da população LGBT. Somente no mês de junho foram sete assassinatos contra esta população e, alguns, com viés de homofobia. É preciso trabalhar intensamente pelo fim de qualquer tipo de preconceito no estado do Rio de Janeiro, seja por credo, cor ou orientação sexual”, destacou o secretário, que disse acreditar no trabalho da Polícia Civil e na prisão dos culpados pela morte de Diego.

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