
Fotos: Andressa Anholete/AFP/Direitos Reservados
Detentos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Natal (RN), voltaram a entrar em confronto na manhã de ontem. As cenas de um combate de grandes proporções foram transmitidas ao vivo pela TV. Pelo quinto dia consecutivo, os detentos voltaram a subir nos telhados dos pavilhões e a se espalhar pelo pátio do estabelecimento. De sábado para domingo, a unidade foi palco de uma rebelião que deixou pelo menos 26 mortos.
Integrantes de facções rivais se enfrentam enquanto, do lado externo dos muros, policiais militares e agentes penitenciários tentam retomar o controle da situação e evitar uma nova chacina. Viaturas da Polícia Militar fazem a ronda ao redor do perímetro externo da penitenciária e helicópteros sobrevoaram o local. Balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo foram disparadas das guaritas de vigilância instaladas nas muralhas da penitenciária.
Grupos de presos foram filmados transportando em carrinhos de mão alguns detentos feridos. É possível ver fumaça saindo de pavilhões da penitenciária.
Desde o último final de semana, unidades prisionais do Rio Grande do Norte são palco de confrontos e ameaças entre presos membros de facções criminosas rivais. De sábado para domingo, pelo menos 26 presos que cumpriam pena na Penitenciária Estadual de Alcaçuz foram assassinados por outros detentos durante uma rebelião de mais de 14 horas de duração. Desde então, presos circulam livremente pelo pátio da unidade, levando facas, barras de ferro e paus. As autoridades estaduais de segurança pública desconfiam que o número de mortos no confronto entre presos pode ser maior e que corpos podem ter sido jogados em fossas de esgoto na área interna do presídio.
De Agência Brasil