
Enquanto a quantidade de assaltos aumenta, o número de apreensões de fuzis despenca. Dados de julho divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que apenas 19 armas de guerra foram apreendidas no estado, o menor índice desde janeiro. Já os roubos de carros subiram 59,5%, em comparação com o mesmo mês de 2016: foram 4.953 casos, um veículo roubado a cada nove minutos.
Somente na capital, 2.437 veículos foram roubados. Na Baixada, 1.532. Os roubos de cargas subiram 29,7%. De acordo com o ISP, a quantidade de casos subiu de 700 para 908.
Em junho, das 93 armas de guerra recolhidas no estado, 60 foram encontradas pela Polícia Civil no terminal de cargas do Aeroporto do Galeão. O total registrado em julho foi menor que o de abril, com 20 casos. Também houve queda numa comparação com julho de 2016, que teve 22 armas desse tipo recolhidas por agentes.
Segundo vítimas, armas pesadas são usadas por bandidos durante roubos de veículos e cargas. Um dos objetivos do Plano Nacional de Segurança, lançado no estado em 28 de julho com o apoio das Forças Armadas, é combater a entrada de fuzis no Rio. Para o antropólogo Robson Rodrigues, especialista em Segurança Pública, falta inteligência nas ações policiais:
“O baixo número de fuzis apreendidos mostra uma contradição, já que o secretário de Segurança (Roberto Sá) vem dizendo que este é um dos problemas que mais chamam a atenção do estado.
Os casos de autos de resistência — homicídios decorrentes de intervenções policiais — de janeiro a julho aumentaram em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 35,4% a mais este ano, se comparados com os números de 2016. Apesar do crescimento acumulado, houve queda no mês passado: em julho, foram 61 vítimas, 36 a menos do que o total de junho.
A estatística de roubos de celulares passou de 1.681 casos em julho de 2016 para 2.472 no mês passado. Em média, houve um roubo a cada 18 minutos. Pelo terceiro mês consecutivo, houve queda no número de casos de letalidade violenta, como homicídios dolosos: 454 em julho contra 465 no mesmo mês de 2016.