Rocinha já teve 34 mortos e 20 feridos desde o início da “guerra”

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Policial Militar em ação na Avenida Niemeyer Foto: reprodução

A violência que desde o ano passado toma conta da favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, deixou 34 mortos nos últimos quatro meses, segundo um relatório da PM sobre as operações policiais realizadas nesse período. Entre os mortos, de acordo a corporação, estão 32 suspeitos de tráfico, o soldado do Batalhão de Choque baleado na barriga nesta quinta-feira e a espanhola Maria Esperanza, atingida por um policial quando estava no carro de uma agência de turismo.

Ainda conforme o balanço, desde 18 de setembro do ano passado, houve duas mortes por semana. São homens que a PM identifica como criminosos. No período, houve ainda 20 feridos, entre eles, oito policiais, nove moradores e três suspeitos. Somente durante os intensos confrontos desta quinta-feira, foram quatro PMs baleados. Ferido na barriga, o soldado Tiago Chaves da Silva morreu no Hospital Miguel Couto.

Segundo a PM, os quatro meses de tiroteios e operações na comunidade da Zona Sul do Rio resultaram ainda em 82 prisões e 17 apreensões de menores de idade. Os agentes recolheram mais de duas toneladas de drogas, 61 granadas e artefatos explosivos e 35 fuzis. Nas incursões, os batalhões ainda apreenderam 53 pistolas, três submetralhadoras e seis espingardas. Cinco simulacros de fuzil e três de pistola também foram tirados do crime.

Nesta quinta-feira, a PM lançou mão de uma “grande operação”, organizada há 15 dias, com o objetivo de prender criminosos e apreender armas. A ação começou na quarta-feira, com um braço policial na Cidade de Deus, Zona Oeste da cidade. Por volta de 6h, policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Choque, do Batalhão de Ação com Cães e do Grupamento Aero-móvel entraram na Rocinha. O efetivo teve apoio da Coordenadoria de Polícia Pacificadora e dos 1º e 2º Comandos de Policiamento de Área.

Só nesta quinta-feira, até 18h30m, o saldo da investida policial era de um preso, sete fuzis apreendidos, quatro pistolas e uma granada. Três criminosos, um morador e quatro policiais militares ficaram feridos — o soldado Chaves da Silva não resistiu. A 11ª DP (Rocinha), responsável pelos registros de ocorrência da ação, precisou ser cercada após bandidos ameaçarem atacá-la. Mais tarde, PMs e criminosos trocaram tiros na Avenida Niemeyer, na Zona Sul do Rio, em frente ao Vidigal. Um ônibus e uma moto foram incendiados.

Não há registros de munição apreendida na Rocinha. Apesar disso, os relatos de tiroteio são constantes. Há quatro meses, moradores usam as redes sociais para alertar vizinhos e pedir paz. Alguns colocam panos brancos nas janelas em manifestação contra a guerra.

 

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