Secretaria de Saúde alerta sobre áreas de risco de infestação do Aedes aegypti

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Os criadouros do mosquito foram encontrados, principalmente, em vasos e pratinhos de plantas, bebedouros de animais e ralos
Fotos: Divulgação / Internet

O Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado do dia 1º ao 07 de janeiro, registrou a menor taxa de infestação predial para o primeiro mês do ano, desde que o indicador começou a ser acompanhado em 2009. No auge do verão, período de maior proliferação do mosquito e, consequentemente, de maior incidência das doenças transmitidas pelo vetor, apenas em 0,97% dos imóveis visitados foram encontrados focos do inseto. Porém, em algumas regiões da cidade a situação preocupa mais, como a Área de Planejamento de Madureira (AP 3.3), onde cinco pontos são considerados locais de alto risco para as doenças transmitidas pelo mosquito, com mais de 4% de infestação, e uma área na Zona Lepoldina (AP 3.1).
Os cinco locais com os maiores índices na região de Madureira foram parte de Madureira e Oswaldo Cruz, com 4,1%; Cascadura (comunidade do Fubá) e Quintino (morros do Saçu e da Caixa d’Água) com, 4,2%; Anchieta (Parque Esperança, comunidades Final Feliz e Vila Alvorada) e Parque Anchieta, com 4,2%, Cavalcante (Morro da Primavera, Morada do Sol e Parque Silva Vale), com 5,4%; Engenheiro Leal (Morro do Dendê) e Madureira (Morro de São José e Serrinha), com 6%. Também o estrato da Vila Cruzeiro/Parque Proletário/Vila Cascatinha, na AP 3.1 (Zona da Leopoldina) está em alto risco, com 5,3% dos imóveis com focos do Aedes aegypti. Os criadouros do mosquito foram encontrados, principalmente, em vasos e pratinhos de plantas, bebedouros de animais, ralos, piscinas não tratadas, fontes ornamentais (grupos C e B), entre outros.
“A cidade, no geral, está com baixo índice de infestação do mosquito, mas há esses locais que estão na faixa de alto risco para as doenças, em que a cada cem casas, mais de quatro têm focos. Em 82% dos casos, os criadouros do Aedes aegypti estão nas residências. Se cada dona de casa tirar dez minutos uma vez por semana para verificar e eliminar os possíveis focos, vamos vencê-lo. A fase larvar é a mais frágil do ciclo de vida do vetor e é nela que temos que combatê-lo. Se deixarmos o mosquito nascer, fica mais difícil”, disse o secretário municipal de Saúde, Carlos Eduardo de Mattos, acrescentando que, com o resultado do LIRAa, os trabalhos de combate ao mosquito e de orientação da população serão reforçados nos locais com alto índice de infestação.
Até este LIRAa, o melhor resultado para o mês de janeiro havia sido em 2015, quando o índice da cidade foi de 1,10%. O resultado atual mantém o município na faixa verde, que representa baixo risco para ocorrência das infecções transmitidas pelo Aedes aegypti, as chamadas arboviroses (dengue, zika e chikungunya). O índice é considerado satisfatório quando está abaixo de 1% de larvas do mosquito. Nos levantamentos anteriores, de maio e de outubro (meses de menor incidência das doenças), o índice foi de 0,8%. Em janeiro de 2016, o LIRAa não foi realizado nos municípios brasileiros por orientação do Ministério da Saúde, que alterou a estratégia de combate ao mosquito naquele período.
Além da AP de Madureira (3.3), com índice de infestação geral de 1,77%, as regiões da Grande Tijuca (AP 2.2), Zona da Leopoldina (AP 3.1) e Santa Cruz (AP 5.2) se encontram na faixa amarela, de médio risco, com índices de infestação, respectivamente, de 1,24%, 1,16% e 1,03%. Nenhuma das 10 grandes regiões da cidade encontra-se na faixa vermelha (4% ou mais), de alto risco de incidência das doenças.
A metodologia do LIRAa divide o município em estratos que variam de 8.100 a 12  mil imóveis com características semelhantes. A pesquisa identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do Aedes aegypti. A metodologia permite saber, em curto espaço de tempo, quais áreas têm alta infestação, além de ser possível identificar quais os tipos de criadouros preferenciais em cada estrato, visando realizar atividades específicas e alertar a população por meio de mobilizações sociais. O LIRAa atual foi realizado em 100% dos estratos, o equivalente a 251. Desses, 56,6% estão na faixa verde, 41% na amarela e 2,4% na vermelha.
Quanto aos depósitos em que mais foram encontrados focos do mosquito, predominam para a cidade os ralos, piscinas não tratadas, fontes ornamentais e tanques de obras (tipo C); seguidos de recipientes usados como reservatórios domésticos de água, como caixas d’água, cisternas, tonéis, tambores, filtros etc (tipo A2). Mas em algumas regiões da cidade, como Santa Cruz (AP 5.2) e Bangu (AP 5.1), os criadouros do Aedes aegypti estão principalmente no lixo descartado indevidamente: recipientes plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro velho, entulhos em construção (tipo D2). Muitos focos também foram encontrados em toda a cidade em depósitos como pratinhos dos vasos de plantas, garrafas, pingadeiras de geladeiras, bebedouros de animais e objetos de rituais religiosos (tipo B).

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