Sul da Bahia pode sentir efeitos do desastre ambiental de Mariana

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As consequências do desastre ambiental ocorrido em Mariana pode afetar o sul da Bahia, incluindo a região do arquipélago de Abrolhos, um dos principais santuários brasileiros de flora e fauna marinhos. A informação foi divulgada esta semana pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A lama de rejeitos de minério que vazou da barragem da Samarco – cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP Billiton – já afetou mais de 660 quilômetros de rio.
Em novembro, a ministra do Meio Ambiente, tinha dito que não havia expectativa de que a lama chegasse a Abrolhos. O rompimento da barragem da Samarco ocorreu em 5 de novembro de 2015 e causou uma enxurrada de lama no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na região Central de Minas Gerais. A lama chegou ao mar pelo Rio Doce, depois de ter passado por municípios mineiros e do Espírito Santo.

A presidente do Ibama, Marilene Ramos, afirmou durante entrevista na última quinta-feira (7) que, devido ao vento, a mancha que estava se espalhando no litoral sul do Espírito Santo também foi para o norte e chegou até a região de Porto Seguro e Abrolhos, na Bahia.“Hoje fizemos um sobrevoo na região das praias do sul da Bahia e do parque de Abrolhos e já registramos a presença de lama que, pelo aspecto visual, pela forma que foi avistada nesse sobrevoo, tudo indica que seja a própria mancha, bastante diluída, que está se estendendo ao longo do litoral do Espírito Santo”, disse.

Segundo ela, a Samarco foi notificada para iniciar a coleta de amostrar na região para conhecer a origem da mancha identificada no local. O resultado deve ser conhecido em cerca de dez dias, de acordo com Marilene. Ela disse, no entanto, que técnicos que conhecem o local “tiveram praticamente certeza” de que a lama visualizada é oriunda do desastre em Minas Gerais.
Por meio de nota, a Samarco disponibilizou aos órgãos ambientais uma aeronave para sobrevoo até a região de Abrolhos para a avaliação da condição de dispersão de sedimentos. A empresa também informou que o material observado na região sul da Bahia é uma parte diluída da pluma, misturada aos sedimentos da foz do Rio Caravela e demais sedimentos da região.

Impactos

A presidente do Ibama afirmou que é “muito difícil” prever quanto tempo a mancha de lama levará para se dispersar. Segundo ela, isso depende de fatores como a chuva, a maré e os ventos.“Acredito que vamos conviver com essa mancha por um longo tempo”, disse Marilene. O presidente do ICMBio disse que, do ponto de vista da biodiversidade, o que for reconstruído jamais será igual às condições originais. “Restabelecer a condição natural, isso nunca acontece”, afirmou Maretti.
Banho Não há restrição em relação à visitação em Abrolhos e tampouco ao banho nas praias afetadas, segundo as autoridades. De acordo com Marilene Ramos, haveria risco se houvesse metais pesados, o que não foi verificado. Segundo ela, não há motivos para considerar que a água, mesmo com a mancha, seja tóxica. “Por isso não se está tomando medida de recomendar interrupção nas praias ou no parque de Abrolhos. Óbvio que onde a turbidez é elevada a própria norma diz que é desagradável o banho”, disse.

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