Taxistas voltam a protestar contra o Uber

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A manifestação envolveu mais de três mil taxistas que se deslocaram por vários pontos da cidade, como na Presidente Vargas Reprodução / G1
A manifestação envolveu mais de três mil taxistas que se deslocaram por vários pontos da cidade, como na Presidente Vargas
Reprodução / G1

Taxistas fizeram manifestações em pelo menos cinco capitais na manhã de ontem para pedir a fiscalização do aplicativo Uber. Os protestos ocorreram nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba.
Os taxistas do Rio fizeram um protesto pela manhã contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) de ter negado um agravo de instrumento impetrado pelo município contra decisão da Justiça favorável, em primeira instância, ao aplicativo Uber. A liminar concedida pela 6ª Vara de Fazenda Pública da Capital proíbe práticas que restrinjam o livre exercício da atividade do Uber na cidade.
O presidente do Sindicato dos Taxistas do Município do Rio, Luiz Antônio Barbosa da Silva, afirmou que, apesar de a manifestação ter se concentrado em frente à sede administrativa da prefeitura do Rio, na Cidade Nova, o ato não pretendia repudiar ou questionar ações do prefeito Eduardo Paes. Segundo o sindicalista, o prefeito, assim como o governador Luiz Fernando Pezão, sempre se mostrou favorável à causa dos taxistas.
Luiz Antônio questionou o fato dos motoristas do Uber não passarem por procedimentos que os taxistas são obrigados a passar. Segundo ele, por causa do aumento dessa concorrência, os motoristas de táxi vêm sofrendo prejuízo. “O principal motivo desse protesto é ir contra o mandado de segurança de uma juíza que autorizou a circulação de carros desse aplicativo, sem sofrer blitz dos nossos órgãos fiscalizadores. Além disso, nós ainda passamos por três vistorias prévias ao longo do ano, o que faz com que sejamos fiscalizados e legalizados, ao contrário deles. O Uber é um transporte clandestino, que está trazendo um prejuízo de cerca de 30 a 40% para os nossos trabalhadores”.
O taxista Edgar Cottas disse que vem sentindo na pele o prejuízo, e se mostrou preocupado com o futuro. “Eu estou com 58 anos. Aonde eu vou arrumar um emprego? Como vou mudar de profissão? Está ficando sem condições, nos prejudicando demais”, lamentou.
O presidente do Conselho Regional dos Taxistas do Rio de Janeiro, Marcos Bezerra, comentou um dos motivos que usuários do Uber alegam para a troca do serviço. Segundo eles, o serviço prestado pelos motoristas do aplicativo é superior ao dos taxistas.
“O nosso índice de reclamação é inferior a 1%. Somos uma categoria de 33 mil veículos com 55 mil profissionais, então fica difícil você não ter uma ou outra reclamação. Em todas as profissões existem os bons e os maus profissionais. Então, nós não podemos marginalizar toda uma categoria por conta de menos de 1% de reclamação, que é um número bem baixo se comparado a outros tipos de transporte”.
A Secretaria Municipal de Transportes não quis se manifestar especificamente em relação ao protesto, mas preferiu destacar o esquema de trânsito montado por causa da manifestação. Segundo a secretaria, agentes de fiscalização da secretaria atuavam de maneira volante, e em pontos específicos, como aeroportos e rodoviária, a fim de garantir o atendimento de transporte aos usuários e coibir qualquer tipo de desordem.
A Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio), a Guarda Municipal e a Polícia Militar acompanharam as carreatas e desviaram trânsito, mantendo os cruzamentos livres com todo o contingente nas ruas. Cerca de 200 táxis se reuniram no entorno da prefeitura. A manifestação em toda a cidade envolveu mais de três mil taxistas, que se deslocaram de vários pontos da cidade.
Os motoristas de táxi se concentraram em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, no bairro de Laranjeiras, para pedir apoio do governador Luiz Fernando Pezão.
Ao se deslocarem para o Palácio Guanabara, os taxistas utilizaram o túnel Santa Bárbara, que chegou a ser fechado durante algum tempo. O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório decidiu receber uma comissão de taxistas para ouvir às reivindicações da categoria.

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