Temporal causa estragos e mortes no Rio

Cariocas estão contabilizando os estragos feitos pelas chuvas do último fim de semana. Diversas ruas ficaram totalmente alagadas e carros ficaram embaixo d’água na região da Tijuca e Praça da Bandeira. Foram registradas cinco mortes por causa do temporal

Quem passou por ruas da região da Praça da Bandeira, na Zona Central da cidade tinha a impressão que um tsunami tinha ocorrido no local. A força da água fez com que os carros ficassem amontoados, uns sobre os outros. Desde dezembro de 2013 que a região não passava por uma enchente. A cidade chegou a decretar estágio de crise. Foi o primeiro acionamento desde a criação do novo protocolo, implantado em outubro de 2014. O estágio de crise é o terceiro nível em uma escala de três e significa chuva forte a muito forte, podendo causar alagamentos e deslizamentos.

Além dos carros que ficaram cheios de água, moradores passaram a madrugada sem energia elétrica, sem água e elevador. Muitos residentes da região se mostravam desolados, porque acreditavam que os piscinões feitos pela prefeitura fossem suficientes pra evitar as enchentes. Em dezembro de 2013, o prefeito Eduardo Paes disse que as obras de todo o sistema de drenagem da região da Grande Tijuca ficariam prontas em até dois anos.

Funcionários da Comlurb usaram máquinas e caminhões, para a limpeza, em frente ao Maracanã e outros lugares da Zona Norte. A Rua Pereira de Almeida foi interditada para os garis limparem.

A chuva registrada no sábado (12), de acordo com o Sistema Alerta Rio, representou 45% do que era esperado para o mês de março. As Zonas Norte, Sul e Centro foram às áreas mais afetadas. A tempestade se concentrou entre 19h e 21h. Diversas comunidades tiverem seus alarmes de emergência acionados por conta do volume da água.

Cinco mortes em menos de 72 horas

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do Rio de Janeiro confirmou ontem a quinta morte em virtude do forte temporal, que atingiu a cidade na noite do último sábado (12).Édson Souza Conceição, 39 anos, teria se afogado na Rua do Passeio, região central da cidade, quando foi atendido e levado por bombeiros ao Hospital Municipal Souza Aguiar, aonde já chegou morto. Segundo o Corpo de Bombeiros, dois homens já haviam morrido após um desabamento no Leblon, na zona sul, além de Luiz Carlos Cancio, que teria se afogado em Rocha Miranda, na zona norte. Outra vítima, também homem, foi confirmada na favela da Rocinha.