Terapia dos Jogos ajuda no tratamento de pessoas com deficiência

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A técnica utiliza o console da Nintendo Wii para alcançar maior autonomia dos usuários da SMPD, com jogos de música Fotos: Paula Johas
A técnica utiliza o console da Nintendo Wii para alcançar maior autonomia dos usuários da SMPD, com jogos de música
Fotos: Paula Johas

Em uma iniciativa inédita no Município do Rio, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPD) implantou nos seus seis Centros de Referência – Centro, Vila Isabel, Campo Grande, São Conrado, Santa Cruz e Irajá – uma nova modalidade de tratamento que está sendo utilizada na reabilitação de crianças e adultos: a Terapia dos Jogos. A técnica utiliza o console da Nintendo Wii para alcançar, de forma lúdica, maior autonomia dos usuários da SMPD, com jogos de música, aventura e esportivos.
Iniciada em abril deste ano, a nova terapia já possui nas seis unidades 399 matriculados, que participam das sessões, individuais ou em grupo, durante 50 minutos, até 2x por semana ou a cada 15 dias, de acordo com o prognóstico de cada usuário.
“A Terapia dos Jogos é uma inovação e não existe nada parecido no serviço público do Rio de Janeiro. O mundo hoje respira tecnologia e essa modalidade veio para somar no atendimento que é realizado na SMPD, uma vez que já está provado que as terapias convencionais se esgotam por si só. É um investimento de baixo custo e com manutenção barata e basta ter um espaço físico, uma televisão, um videogame e os jogos para a sua realização”, disse o subsecretário da SMPD, Pedro Ivo Coutinho, idealizador do projeto.
Para a implantação da nova terapia, a secretaria capacitou 40 profissionais de várias áreas, como fonoaudiologia, educação física, psicologia, entre outras, que depois replicaram as técnicas em seus equipamentos. As aulas foram práticas e teóricas, além da aprendizagem do manuseio do videogame.
Uma das professoras que utiliza a Terapia dos Jogos, a profissional de educação física Maria Clara Monjardim, explicou o objetivo da terapia e os benefícios para o desenvolvimento e qualidade de vida do usuário, seja ele autista, com deficiência intelectual ou motora:
“O recurso do Wii é muito motivador porque ele trabalha com a linguagem virtual, dinâmica, interativa e o tempo todo está oferecendo um desafio. Essa terapia funciona muito e dá muito resultado pela possibilidade de variar conteúdos e do usuário percorrer diversos conceitos, seja na música, no esporte ou na dança. A deficiência não pode ser vista de forma impeditiva e não existe um limite pra evolução”.
De acordo com a professora Maria Clara, a realização do trabalho em dupla tem sido fundamental para a evolução do tratamento do João Pedro e do Tiago:
“Eles têm desenvolvido juntos muito mais a comunicação, conseguem estar dentro de um tema discutindo aquilo com desdobramento, trabalham a atenção compartilhada, interagem o tema com pertinência e respeitam as etapas de organização do desafio do jogo. Além disso, trabalham também a questão corporal, uma vez que os jogos oferecem movimento o tempo todo, seja na hora de arremessar a bola de basquete, jogar golfe, boliche, andar de bicicleta ou dançar. É legal porque eles se sentem um pouco invencíveis com a realidade virtual”.

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