Terrorismo: franceses descobrem novo ataque no subúrbio de Paris

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A ação policial francesa ocorreu em Saint-Denis e resultou na morte de duas pessoas e prisão de sete suspeitos Foto Etienne Laurent/Lusa
A ação policial francesa ocorreu em Saint-Denis e resultou na morte de duas pessoas e prisão de sete suspeitos
Foto Etienne Laurent/Lusa

A madrugada de ontem foi marcada por explosões e tiroteio em Saint-Denis, subúrbio ao norte de Paris, na França. Uma operação policial francesa buscou capturar Abdelhamid Abaooud, considerado o “cérebro” dos atentados da última sexta-feira (13). A ação antiterrorista no bairro terminou no final da manhã com dois supostos terroristas mortos, entre eles uma mulher que acionou explosivos que levava no corpo, e sete presos.

O procurador de Paris, François Molins confirmou que três pessoas foram detidas em um primeiro momento dentro do apartamento, depois mais duas que estavam “escondidas entre entulhos” e, em um terceiro momento, duas que que se encontravam nas imediações do edifício, possivelmente o dono do apartamento e “um conhecido”.

Os mortos são “uma mulher jovem”, que acionou explosivos que levava no corpo, e outro suposto terrorista, atingido a tiro pela polícia. De acordo com o ministro do Interior, Bernard Cazaneuve, participaram da operação 110 agentes das unidades policiais de elite Raid e BRI. Fontes policiais citadas pela imprensa francesa informaram que cinco agentes sofreram ferimentos e um cão polícia foi morto na operação.

Cazeneuve agradeceu aos policiais por terem “suportado o fogo em condições nunca encontradas até agora” e destacou “o sangue frio dos habitantes de Saint-Denis, que respeitaram as instruções e contribuíram para o êxito da operação”.

Aviões desviados por ameça de bomba

A imprensa norte-americana divulgou, na noite de terça-feira (17), a informação de que dois aviões da Air France foram desviados de sua rota após ameaças de bomba. O voo 65 da companhia francesa, que ia de Los Angeles para Paris, teve a rota alterada para a cidade norte-americana de Salt Lake City, em Utah.
Pouco depois do incidente com o avião que decolou de Los Angeles, segundo a fonte governamental, o voo 55, também da Air France, que saiu do Aeroporto Washington´s Dulles com destino à capital francesa, também foi desviado para o Aeroporto de Halifax, no Canadá. Os aviões pousaram com segurança e os passageiros desembarcaram sem incidentes, segundo as fontes ouvidas pela imprensa. Nenhuma bomba foi encontrada.

Ataques aéreos de França e Rússia já mataram 33 jihdistas

Os ataques aéreos feitos pela França e pela Rússia nas últimas 72 horas no Norte da Síria mataram pelo menos 33 jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico, informou ontem (18) a organização não governamental Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Dezenas de combatentes do grupo extremista ficaram também feridos nos ataques aéreos a depósitos de armas, armazéns e postos de controle do prinicipal reduto dos jihadistas do Estado Islâmico em Raqa, disse Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH, baseado na Grã-Bretanha.

A França intensificou a ofensiva contra Raqa após os ataques terroristas de sexta-feira passada (13) em Paris, que mataram 129 pessoas. Foram feitos vários ataques, com bombardeios e caças, contra alvos naquela cidade síria no domingo (15), na segunda-feira (16) e ontem.

A Rússia também atacou Raqa com bombardeios de longo alcance, com mísseis lançados do mar nessa terça-feira, depois de Moscou ter confirmado que foi um ataque a bomba, reivindicado por um grupo ligado ao Estado Islâmico, que derrubou no mês passado um avião russo de passageiros na península do Sinai, no Egito, matando as 224 pessoas a bordo.
“O número limitado de mortes pode ser explicado pelo fato de os jihadistas terem tomado precauções”, disse Abdel Rahman, que tem como fontes na Síria ativistas, médicos e residentes. Ele afirmou que nos locais “estavam apenas os guardas dos quartéis e dos depósitos de armas”, relatando que a maioria das pessoas foi morta nos postos de controle.
Abdel Rahman disse ainda que muitas famílias de combatentes estrangeiros deixaram a cidade de Mosul, no Iraque, outro grande reduto do grupo extremista, que até agora tomou o controle de grande parte do território na Síria e no Iraque.

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