Um vídeo mostra o momento em que o suspeito da morte da menina, de apenas 6 anos, lança a mala onde estava o corpo da criança num rio na Avenida Marechal Rondon, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio. É possível vê-lo caminhando pela rua, lançando o objeto e depois seguindo em frente, aparentando calma. As imagens foram registradas pela câmera de segurança de um ferro-velho.
Luane Cristine Silva Victorino, de 23 anos, mãe da menina, chegou ao Instituto Medico-Legal (IML) por volta das 11h10 para fazer a liberação do corpo. Ela contou que foi achado biscoito na mala, junto ao corpo. Ela acredita que tenha sido usado para atrair a criança:
“Ele me ajudou a procurar minha filha. Quando vi o vídeo, percebi que o homem que jogou a mala foi um dos que ajudou a procurar. Ninguém conhece ele, ninguém nunca viu antes. Dentro da mala tinha biscoito. Ele deve ter oferecido para ela e ela aceitou”, disse.
Luane disse acreditar na punição do suspeito de matar sua filha:
“Só pode ser um maníaco, um monstro. Ele vai pagar. Tudo o que ele fez com a minha filha, ele vai pagar. Vai porque Deus é justo”.
A jovem contou, ainda, que estava procurando a menina desde o fim da tarde. Era 22h19 quando uma mulher avisou que um homem tinha jogado uma criança dentro de uma mala no valão.
“Eu corri até lá, gritei o nome dela e ouvi ela respondendo. Os bombeiros tiraram ela e disseram que o coração ainda estava batendo. Ela morreu naquele momento. Fica a saudade. O jeitinho dela, sempre carinhosa com todo mundo, respeitando todo mundo”, disse, chorando muito.
Avó materna da menina, Edir Silva dos Santos, de 44 anos, estava saindo de um culto na Assembléia de Deus de Jardim Metrópoles, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, quando foi avisada por uma sobrinho, por volta das 22h, sobre o desaparecimento da neta.
“Assim que soube comecei a orar. Não queria que ela fosse mais uma criança desaparecida. O coração de nenhuma avó aguenta isso. De madrugada veio a notícia. Eu quase sequei de tanto chorar. Ela foi minha primeira neta. Troquei muita fralda dela. Quando minha filha se mudou para o Engenho Novo, pedi para que continuasse me visitando. Ela me visitava sempre. Era muito esperta, muito agitada. A gente sempre falava para ela não ir com estranhos. A gente espera que a justiça seja feita. Primeiro a dos homens e depois a de Deus”, disse ela.