Ao lado da primeira-dama, Temer destaca papel da mulher

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Em cerimônia no Planalto, presidente disse ainda que, com as perspectivas de recuperação econômica, as mulheres terão mais oportunidades de emprego, além de cuidar dos ‘afazeres domésticos’
Foto: Beto Barata/PR

O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira, 8, que tem “convicção do quanto a mulher faz pela casa” e da importância da figura feminina para a formação dos filhos que, segundo ele, é “seguramente” de responsabilidade da mãe. “Tenho absoluta convicção, até por formação familiar e por estar ao lado da Marcela [Temer], do quanto a mulher faz pela casa, pelo lar. Do que faz pelos filhos. E, se a sociedade de alguma maneira vai bem e os filhos crescem, é porque tiveram uma adequada formação em suas casas e, seguramente, isso quem faz não é o homem, é a mulher”, declarou o presidente em seu discurso durante cerimônia no Palácio do Planalto para Dia Internacional da Mulher, comemorado ontem.
A homenagem do peemedebista às mulheres chegou também à esfera econômica. Ao lado da primeira-dama Marcela Temer, ele afirmou que somente a mulher é capaz de indicar “desajustes” de preços no supermercado e “identificar flutuações econômicas no orçamento doméstico”.
“Na economia, também, a mulher tem uma grande participação. Ninguém mais é capaz de indicar os desajustes, por exemplo, de preços em supermercados mais do que a mulher. Ninguém é capaz melhor de identificar eventuais flutuações econômicas do que a mulher, pelo orçamento doméstico maior ou menor”, afirmou.
Temer disse também que, com as perspectivas de recuperação econômica, as mulheres terão mais oportunidades de emprego, além de cuidar dos “afazeres domésticos”.
Em outro trecho, Temer também disse: “Aqui no Brasil e ainda em outras partes do mundo, a mulher ainda é tratada como se fosse uma figura de segundo grau, quando na verdade ela ocupa o primeiro grau em todas as sociedades”.
No dia em que mulheres de todo o mundo celebraram a data com manifestações e protestos que chamam a atenção para a importância da mulher na sociedade e da necessidade de lutar por direitos iguais, o presidente disse que, hoje, “homens e mulheres são igualmente empregados”. “Com algumas restrições”, ponderou. “Mas a gente vê o número de mulheres que comandam empresas”, completou o peemedebista.
No entanto, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, as mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana.
Já pesquisa Catho avalia 8 funções, de estagiários a gerentes, aponta que as mulheres ganham menos do que os homens em todos os cargos. A maior diferença é no cargo de consultor, no qual os homens ganham 62,5% a mais do que as mulheres.
>> Representatividade no governo e no Congresso – De 28 pastas na Esplanada dos Ministérios do governo Temer, apenas duas são ocupadas por mulheres: a AGU (Advocacia-Geral da União) e Direitos Humanos.

Na formação atual, somente 55 dos 513 deputados federais são mulheres (10,7%). No Senado, o percentual é um pouco maior. Dos 81 senadores, 12 são mulheres, o que representa 14,8%.
Marcela Temer conclama
reconhecimento em discurso

Na cerimônia de ontem, a primeira-dama fez um discurso rápido, de menos de dois minutos, em que afirmou que é preciso que a sociedade “reconheça os vários papéis” desempenhados pelas mulheres hoje, desde a escolha profissional “até o modo de vida”.
Marcela disse que as mulheres vivem uma “realidade difícil” e que Estado e sociedade precisam “dar condições” para que elas criem seus filhos “da melhor maneira possível”.
“Ainda temos muitas lutas para vencer. Devemos acabar com a intolerância que afunda a rotina de muitas mulheres vítimas da violência, física, sexual e psicológica. Vamos vencer essa batalha que fará de todos nós seres humanos melhores.”
Empresas ainda não tratam
homens e mulheres iguais

Para 47% dos entrevistados, igualar salários entre gêneros ainda é o maior obstáculo
Foto: EBC

Uma pesquisa da Câmara Americana de Comércio (Amcham), realizada com 350 altos executivos e executivas apontou que 52% deles consideram que as empresas não têm programas formais de igualdade entre homens e mulheres ou ação de incentivo à equidade de gênero.
Na sondagem realizada em outubro de 2016, 48% dos entrevistados revelaram ter um programa estruturado de igualdade de gênero. Desse universo, 63% avaliaram os resultados de incentivo à igualdade como “regulares”, com mudanças pontuais na cultura da empresa.
Os entrevistados são, na sua maioria, gestores de recursos humanos de empresas dos mais variados portes e segmentos. Para 76% deles, as empresas ainda não tratam homens e mulheres de forma igualitária na estrutura organizacional e de gestão. Só 24% deles avaliam de forma satisfatória a temática e tratamento de gênero na sua companhia.
Para promover em maior nível a equidade de gênero, existem três aspectos prioritários a serem trabalhados: (47%) financeiro, igualando salários e benefícios entre gêneros do mesmo cargo; (30%) recursos humanos, aumentando o número de mulheres no quadro de funcionários; e (23%) jurídico, igualando diretos e benefícios independente de gêneros.
“Quando, para 47% dos empresários, igualar salários entre gêneros ainda é o maior obstáculo, percebemos o quanto falta avançar”, comenta Deborah Vieitas, CEO da Amcham Brasil, e primeira mulher a comandar, em 98 anos, a maior Câmara Americana, entre 114 existentes fora dos Estados Unidos.

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