Barroso manda prender ex-assessores de Temer

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MAIS UM ROUND DA QUEDA DE BRAÇO – José Yunes, Wagner Rossi, Antônio Celso Grecco e João Baptista Lima Filho são alvos da PF
Montagem/Reproduções diversas

O ministro Luís Barroso, do Supremo Tribunal Federal, mandou a Polícia Federal prender na manhã de ontem (29) o advogado José Yunes, o ex-ministro da Agricultura Wagnr Rossi e João Baptista Lima Filho, coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo, todos ex-assessores e amigos do presidente Michel Temer. As prisões são temporárias, por cinco dias.
Além de Yunes, foi preso Antônio Celso Grecco, dono da Rodrimar, empresa que é apontada como beneficiada por um decreto de Michel Temer sobre o setor de portos. A PF fez buscas na empresa, que fica na zona portuária de Santos, em São Paulo, e no apartamento de Grecco. O governo tem negado qualquer tipo de benefício à empresa. O ministro Carlos Marun (Governo) já chegou a afirmar que esse caso “investiga o assassinato de uma pessoa viva”.
A defesa de Yunes considerou a prisão do advogado inaceitável. Em nota, os advogados ressaltaram ainda que sempre que intimado, Yunes compareceu espontaneamente para prestar esclarecimentos. A prisão dele seria “uma violência contra José Yunes e contra a cidadania”.
Em novembro, Yunes prestou depoimento à PF sobre decretos presidenciais que supostamente teriam favorecido empresas do setor de portos em troca de propina. O doleiro Lúcio Funaro, delator da Operação Lava Jato, aponta o advogado como responsável por administrar as propinas supostamente destinadas a Michel Temer.
Em dezembro de 2016, Yunes deixou o governo após a delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que afirmou que a empreiteira entregou R$ 4 milhões em propina no escritório de Yunes, em São Paulo. O repasse seria parte dos R$ 10 milhões pedido por Michel Temer a Marcelo Odebrecht.
Na carta de demissão entregue a Temer, Yunes afirma que a medida era para preservar sua dignidade. O advogado disse ainda que viu seu nome “jogado no lamaçal de uma abjeta delação”.

Prisões não enfraquecem governo, diz Marun

Após as prisões de amigos e ex-assessores do presidente, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que as prisões temporárias não enfraquecem o governo. “Ao final restará esclarecida a absoluta inocência do presidente em relação a tudo isso”. Marun também defende o Decreto dos Portos. “Temos a mais absoluta convicção de que, havendo clareza, havendo imparcialidade na condução das investigações, chegaremos à óbvia conclusão, o Decreto dos Portos não beneficia a Rodrimar”.
O ministro ressaltou que a prisão de dois amigos de Temer é uma situação da qual eles ainda não têm conhecimento, e disse que ainda não falou com o presidente sobre isso. “Quero antes de mais nada ter conhecimento dos motivos e tenho a certeza de que se isso não for tratado com parcialidade, com sensacionalismo, não enfraquece o governo porque o presidente Temer nada tem a ver com isso”.
Na última terça-feira (27) Barroso autorizou a prorrogação por sessenta dias do inquérito sobre o Decreto dos Portos, que apura se Temer beneficiou ou não a empresa Rodrimar. No começo do mês, o ministro do Supremo havia determinado a quebra dos sigilos bancários do presidente Michel Temer, do coronel Lima, de Antônio Grecco e de Ricardo Mesquita, ambos da Rodrimar, e do ex-assessor especial da Presidência, também conhecido como “homem da mala”, Rodrigo Rocha Loures. (Diário do Poder)

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