
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) lidera a corrida presidencial no estado de São Paulo em cenário sem a presença do ex-presidente Lula (PT), segundo pesquisa Ibope divulgada na semana passada (29). O militar da reserva alcançou 19% no quadro mais favorável para ele, uma simulação que colocou Jaques Wagner como o candidato do PT. O ex-governador da Bahia não pontuou.
Em segundo lugar apareceu o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), com 15% e, em terceiro, a ex-senadora Marina Silva (Rede), com 13%. Como a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos, os três empatam na liderança. Num quadro em que o representante do PT seria o ex-prefeito da capital Fernando Haddad, a situação se manteria, com Bolsonaro (17%), Alckmin (15%) e Marina (13%) empatados à frente. Haddad, entretanto, se sai melhor do que Wagner e obtém 3% das intenções.
PSDB quer Meirelles vice
Coordenador político da pré-campanha presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB), o ex-governador goiano Marconi Perillo sugeriu a investidores o nome de Henrique Meirelles (MDB) como candidato a vice na chapa tucana.
Perillo é defensor de uma aliança de Alckmin com o MDB para a eleição. Ele fez a declaração em um encontro organizado pela corretora XP Investimentos, em São Paulo, na segunda-feira (2). “O momento, agora, é de um líder democrático como Alckmin, mais as lideranças políticas e um expressivo representante de mercado com vivência e experiência política, como é Henrique Meirelles”, afirmou Perillo, segundo relato de um participante da reunião.
Parte da cúpula do PSDB resiste a uma aproximação com o MDB, de Michel Temer. A impopularidade do presidente é vista como um componente tóxico para qualquer aliança na disputa deste ano.
Sávio quer impugnar Dilma
A Coluna do Estadão informou que o presidente do PSDB de Minas, Domingos Sávio, disse que o partido vai tentar impugnar a candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff ao Senado. Segundo a coluna, ele afirmou que a legislação sobre o impeachment determina a perda dos direitos políticos junto com o mandato.
Na época do impeachment de Dilma, no entanto, o próprio Senado aprovou sua deposição, mas dividiu a votação em duas etapas e manteve os direitos políticos da ex-presidente. Se perdesse os direitos políticos, Dilma não poderia nem votar nem se candidatar a qualquer cargo eletivo, além de outras sanções, como participar de concursos públicos.
Todavia, para Sávio, esse acordo não é suficiente para a manutenção da candidatura de Dilma. Ele disse que o PSDB deve entrar com o pedido de impugnação se o próprio Ministério Público Eleitoral (MPE) não o fizer. Ainda de acordo com o jornal, pelo menos um ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e um do Supremo Tribunal Federal (STF) concordam com a argumentação de Domingos Sávio. Na última quinta-feira, Dilma anunciou oficialmente sua intenção de concorrer a uma vaga no Senado pelo estado de Minas Gerais. “Eu não vou me furtar a participar de uma luta do ponto de vista eleitoral”, afirmou na ocasião. “Essas eleições serão muito importantes, pois elas podem interromper um processo de golpe, de deterioração das condições econômicas, políticas, sociais e civilizatórias”, disse.