
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou ontem do evento organizado por centrais sindicais na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, centro de São Paulo. O ato, segundo as centrais, defendeu “a democracia e o Estado de Direito” e é contrário ao processo de impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff, chamado por eles de golpe.
Lula chegou ao local por uma porta traseira, sem falar com a imprensa. O ex-presidente subiu ao palco ao som de uma das músicas de suas campanhas à Presidência, conhecida pelo refrão “Lula lá” e sob gritos de “Lula, guerreiro do povo brasileiro”. Um vídeo com a hashtag #Lulavalealuta, com depoimentos e fotos de apoio de várias pessoas de fora do país segurando uma placa com a frase “Democracia no Brasil”, foi exibido no início do ato. Entre os depoimentos estava o do ator norte-americano Danny Glover e o do presidente do Equador, Rafael Correa.
No início do evento, eles também distribuíram um documento em que explicam serem de “de diferentes tendências sindicais” e que manifestam “total solidariedade à presidenta Dilma Rousseff, legitimamente eleita pela maioria do povo brasileiro e ao companheiro e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e exigimos a imediata efetivação de sua posse como ministro-chefe da Casa Civil”.
O ato é apoiado principalmente pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), mas há também representantes de outras centrais como a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e até da Força Sindical, representada por João Carlos Gonçalves, o Juruna.
O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, conhecida voz de oposição ao governo federal, não compareceu. Segundo funcionários da Casa de Portugal, havia cerca de 1 mil cadeiras no auditório onde acontece o ato, quase todas ocupadas.