Congresso “nunca engoliu” Dilma, diz senador aliado

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“Ela é diferente dos políticos tradicionais no seu agir, menos flexível", afirmou o senador Humberto Costa Foto: Roque de Sá/Agência Senado
“Ela é diferente dos políticos tradicionais no seu agir, menos flexível”, afirmou o senador Humberto Costa
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O senador Humberto Costa (PT-PE) disse ontem, em sessão de julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff, que o impeachment foi “patrocinado pelas elites” e que o Congresso Nacional “nunca engoliu” a chefe do Executivo pelo pouco tato e disposição dela para lidar com a rotina parlamentar e com as negociações. “Dilma é diferente dos políticos tradicionais no seu agir, ela é menos flexível. Mas considerá-la criminosa? Rotulá-la e julgá-la como criminosa? É uma verdadeira aberração”, criticou o senador petista.
Segundo Costa, Dilma conduziu bem o país em seu primeiro governo, mas foi prejudicada pela crise econômica no início de seu segundo mandato e pela crise política provocada pelo Poder Legislativo, defendeu o senador. Ele enumerou o apoio da oposição ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a rejeição ao ajuste fiscal e a votação das “pautas-bombas” como desestabilizadoras do governo Dilma.
O senador disse, ainda, que Dilma errou ao convidar Michel Temer para compor sua chapa como vice-presidente. Ele alegou, porém, que a presidente afastada “não conhecia” Temer. “Foi Dilma que escolheu, mas são vocês que podem viabilizá-lo como presidente da República. Podemos entregar o Brasil a um usurpador, a alguém que não tem o voto do povo, alguém que quer implementar no Brasil um projeto rejeitado pelo povo brasileiro”.

 

Ronaldo Caiado acusa Dilma de
ser o “estelionato eleitoral”

Caiado finalizou discurso afirmando que a sua posição é votar sim Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Caiado finalizou discurso afirmando que a sua posição é votar sim
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) foi bastante crítico ao PT e a presidente afastada Dilma Rousseff em seu discurso no julgamento do impeachment, antes de declarar seu sim.
Caiado afirmou que o PT acredita que tem o dom de poder interpretar os fatos, como eles acham que devem ser interpretados, e disse que passam a acusar todos que não comungam com eles. “E o mais grave, é que a partir dai eles começam a criminalizar todos os setores da vida brasileira”.
Senador disse que o PT agora cospe no prato de comeu, afirmando que o PT agora ataca empresários e banqueiros.
Sobre o julgamento, enfatizou que o impeachment interrompe “o maior desastre político-administrativo do país” e apontou a inversão de valores que senadores contrários ao impeachment estão tentando promover em plenário.
Rebateu os argumentos da defesa de Dilma, classificando seu discurso como de vitimização. “Não, ela não é vítima. É o estelionato eleitoral que foi praticado. Prometeram na campanha e não cumpriram”.

Disse que Dilma não respondeu às questões feitas por senadores. “Faz um pronunciamento articulado, no momento que está lendo. E totalmente desarticulado, quando parte para o improviso”.
Sobre a fala de Dilma, destacou: “Bastou ontem um discurso que realmente, todos sentiram que ela não conseguiu convencer ninguém, para que a Bolsa de Valores subisse e o dólar caísse”.
Manifestações ficam esvaziadas

Fechada para abrigar manifestações populares, a Esplanada dos Ministérios permaneceu durante toda terça-feira vazia. Nem mesmo ambulantes se instalaram na avenida, diante da certeza do baixo público. Movimentos de apoio à presidente Dilma Rousseff desmarcaram uma marcha que estava prevista para o fim da tarde. No início da noite, cerca de 80 pessoas perambulavam do lado reservado para pessoas contrárias ao impeachment. De acordo com a Polícia Militar, durante todo o dia, 300 pessoas passaram pelo local.
Do lado favorável ao afastamento definitivo de Dilma Rousseff da presidência, o único movimento ficou por conta de um carro de som. Esta área recebeu, por sua vez, cerca de 100 pessoas.

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