Cristovam: Temer não manterá mesmo apoio no Congresso após impeachment

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O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) afirmou ontem, que o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) não deverá manter nas votações do Congresso Nacional o mesmo número de votos dos parlamentares que apoiam o afastamento definitivo de Dilma Rousseff (PT).
“Embora haja uma votação bastante forte contra a presidente Dilma, Temer não vai manter os dois terços (na Casa) em nenhuma hipótese”, disse, argumentando que o apoio ao peemedebista, após a conclusão do processo de impeachment, tenderá a diminuir, principalmente em questões polêmicas como as reformas trabalhista e previdenciária, porque os políticos serão pressionados pelas corporações e pelo eleitorado.
Durante palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Buarque afirmou que o impeachment é uma “violência constitucional”, mas necessária. Ele comentou que “talvez estivesse errado em votar no impeachment” e que o processo traz uma mácula ao Brasil. “O impeachment é uma violência constitucional, não em relação à presidente, é uma violência dentro da Constituição que está sendo necessária para virar a página”, disse.
Na semana passada, o senador votou pela pronúncia do impedimento da presidente afastada, após ser apontado como um dos “indecisos” em seu voto. Ele destacou que vai “sofrer muito eleitoralmente” por votar a favor do afastamento de Dilma Rousseff. “Eu tinha uma base tradicional, já fui do PT, essa base me chama hoje de golpista. Há momentos que eu devo votar pelo País, e não pela eleição”, disse.
Durante a palestra, Cristovam Buarque fez elogios ao presidente interino e comentou que Temer é capaz de recuperar a credibilidade econômica na condução do governo, além de dizer que a economia está em “boas mãos” com Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda. Contudo, criticou as medidas de reajuste nos salários de algumas categorias. “Fico assustado com os últimos aumentos concedidos por pressões, inclusive de categorias com salários elevados”, afirmou.

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