Executivo da Odebrecht é preso na Suíça

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João Santana e a esposa desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos e foram acompanhados por agentes da PF  Foto: Edilson Dantas / Ag. O Globo
João Santana e a esposa desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos e foram acompanhados por agentes da PF
Foto: Edilson Dantas / Ag. O Globo

Fernando Migliaccio, executivo da Construtora Norberto Odebrecht, está preso na Suíça desde a última quarta-feira (17). Em documento enviado à Polícia Federal brasileira, o Departamento Federal de Justiça e Polícia suíço comunicou ontem que a prisão de Migliaccio ocorreu por determinação do Ministério Público Federal do país europeu. Os motivos da detenção não foram informados. Migliaccio também está com prisão decretada para ser executada na 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na segunda-feira. Também estão presos em função desta etapa o marqueteiro de campanhas eleitorais do PT João Santana e a esposa, Monica Moura, que chegaram ontem ao Brasil.
A construtora Odebrecht é alvo de investigação autônoma das autoridades suíças e também, no Brasil, da Operação Lava Jato. O juiz Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos decorrentes da Lava Jato na primeira instância, expediu ordem de prisão contra Migliaccio no dia 11.
O executivo Migliaccio é suspeito de controlar contas de empresas offshore ligadas à Odebrecht que seriam usadas, segundo a força-tarefa da Lava Jato, para intermediar pagamentos ilícitos ao marqueteiro João Santana. Ontem, quando foi deflagrada a 23ª fase da Lava Jato, batizada de Acarajé, agentes da PF estiveram em dois endereços de Migliaccio e não o encontraram.
Outro que teve pedido de prisão decretado na nova fase da Lava Jato, o diretor-presidente da construtora Odebrecht Benedicto, Barbosa da Silva Junior, entregou-se à Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro no final da tarde de ontem e foi transferido para a sede da PF na capital paranaense.

O publicitário, João Santana, é responsável por campanhas do PT e da presidente Dilma Rousseff
O publicitário, João Santana, é responsável por campanhas do PT e da presidente Dilma Rousseff

Também estão na prisão, o engenheiro Zwi Skornicki, apontado como operador do esquema; Vinícius Veiga Borin, administrador de uma consultoria financeira ligada à offshore da Odebrecht e a funcionária da construtora Maria Lúcia Guimarães Tavares. Com exceção Zwi Skornicki, que foi preso preventivamente, os demais foram detidos temporariamente e devem ficar presos por cinco dias.
Jaques Wagner diz que pagamentos a João Santana obedeceram à lei
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse, em sua conta pessoal no Twitter, que os serviços prestados pelo publicitário João Santana durante as campanhas da presidenta Dilma, do ex-presidente Lula e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foram pagos de acordo com a lei. O ministro citou um relatório da Polícia Federal que ressalta, segundo ele, “de modo inequívoco”, que não há indícios de irregularidades nos pagamentos.
Ontem, João Santana e sua esposa e sócia, Mônica Moura, foram detidos ao desembarcar no Brasil, procedentes da República Dominicana, por terem prisão temporária decretada pelo juiz Sergio Moro. As investigações da Operação Lava Jato apontam que eles teriam recebido dinheiro da empreiteira Odebrecht, para pagamento de serviços da campanha de Dilma.
“A 23ª fase da Operação Lava Jato não investiga supostas irregularidades relacionadas à campanha de Dilma. As contas da campanha da presidenta foram declaradas e aprovadas pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. Os valores pagos pelos serviços prestados durante as campanhas de Lula, de Haddad e Dilma obedeceram à lei”, escreveu o ministro na rede social. Esta foi a primeira vez que um membro do governo veio a público se pronunciar sobre o assunto.

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