Investigado na Lava Jato pode presidir CCJ no Senado

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Senador é citado em delações e alvo de dois inquéritos na maior operação contra corrupção do País
Foto: Agência Senado

Ontem, o senador Edison Lobão foi indicado pela bancada do PMDB, para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que vai sabatinar o ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer para o Supremo Tribunal Federal (STF). O nome de Lobão já apareceu em mais de uma delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, onde ele é investigado em dois inquéritos. O senador nega envolvimento em esquema de corrupção.
O PMDB tinha a preferência para fazer a indicação por formar a maior bancada do Senado, com 21 parlamentares. A CCJ ainda será instalada. Na primeira

Moraes poderá ter sabatina comandada pelo senador do Maranhão
Foto: ABr

sessão, os integrantes terão de votar a indicação de Lobão para a presidência.
Na terça-feira (7), o presidente do Senado, Eunício Oliveira, afirmou que espera conseguir marcar a sabatina do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em no máximo três semanas. Moraes foi indicado para ocupar o lugar do ministro Teori Zavascki, morto no mês passado em um acidente de avião.
“Instalada a comissão, o presidente tem condição de distribuir a matéria para o relator. O relator tem condições de ler na outra semana e, lido, é dada vista coletiva e, na outra quarta, já pode acontecer a sabatina”, disse Eunício, que acrescentou: “Acontecida a sabatina na quarta-feira, que é quando estou prevendo, eu farei de imediato a solicitação para que essa matéria chegue a Mesa Diretora e na mesma quarta, se possível havendo quórum, eu colocarei para votação o nome do indicado para ministro no plenário do Senado.”

Lobão vence batalha contra Lira

Raimundo Lira (PMDB-PB) disse que a escolha foi “contaminada”
Foto: Agência Senado

Depois de forte atuação do líder do partido, Renan Calheiros (AL), e até do ex-presidente da República José Sarney, o PMDB resolveu indicar o enroladíssimo Edison Lobão (MA) para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, em detrimento de Raimundo Lira (PB), que teve atuação destacada na presidência da Comissão do Impeachment e não é investigado por corrupção.
Renan tentou minimizar o racha no partido, dizendo que a indicação foi feita por aclamação, mas na verdade, a senadora Marta Suplicy (SP), outra que disputava o cargo, foi agraciada com a presidência da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e o próprio Raimundo Lira reclamou da interferência de Sarney.
Lira ainda cogita uma candidatura avulsa com votação na própria CCJ. Ele já havia dito que a escolha da bancada do PMDB estaria contaminada por “interferências externas”. Segundo ele, “ou o líder faz a sua indicação, ou a decisão deve ser feita da forma correta, pelo voto dentro da CCJ”. O problema é que Lira teme talvez nem ser indicado para compor o colegiado, já que a indicação dos membros cabe ao líder, Renan Calheiros.
>> Peregrinação – Moraes passou o dia em peregrinação do Senado para conversar com senadores do PSDB, partido ao qual era filiado, e afirmou que irá fazer o mesmo com todos os senadores da Casa, não apenas os membros da CCJ.

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