Jaques Wagner: Lula sofre ataque sistemático e caça constante

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De acordo com Wagner as conversas entre Lula e Dilma são constantes Foto Valter Campanato/ Agência Brasil
De acordo com Wagner as conversas entre Lula e Dilma são constantes
Foto Valter Campanato/ Agência Brasil

O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, disse ontem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvo de “ataque sistemático” e de uma “caça constante”. Ele fez a declaração ao ser perguntado sobre a reunião entre a presidenta Dilma Rousseff e Lula na sexta-feira (12) em um hotel em São Paulo.
Segundo Wagner, as conversas são constantes entre a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula. “Evidentemente se falou desse ataque sistemático que está sendo feito em torno do ex-presidente. É uma coisa clara. É uma caça a uma liderança nacional. Nesse caso, é uma caça praticamente constante. E foram conversas mais gerais, tangenciando todas as questões, inclusive sobre a mobilização que ia acontecer no dia seguinte [sábado] sobre o vírus Zika”, afirmou o ministro.
No sábado (13), ao participar, no Rio de Janeiro, do Dia Nacional de Mobilização contra o Mosquito Aedes Aegypti, a presidenta disse que Lula está sendo objeto de “grande injustiça”.

A presidenta Dilma disse, no sábado no Rio , que Lula está sendo objeto de “grande injustiça” Foto João Paulo Engelbrecht/ PCRJ
A presidenta Dilma disse, no sábado no Rio , que Lula está sendo objeto de “grande injustiça”
Foto João Paulo Engelbrecht/ PCRJ

“Acho que o presidente Lula está sendo objeto de grande injustiça. Respeito muito a história do presidente Lula. Tenho certeza de que esse é um processo que será superado, porque acredito que o país, a América Latina e o mundo precisam de uma liderança com as características do presidente Lula”, afirmou Dilma.
As conversas ocorreram no momento em que um sítio frequentado pelo ex-presidente no interior de São Paulo passou a ser alvo de inquérito da Justiça Federal, para investigar possíveis vínculos com empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.
Presidente do PT alega que denúncias são “ilações sem fundamento”

 

Rui Falcão fala com jornalistas após reunião do Conselho Político da Presidência do PT Foto Rovena Rosa/ Agência Brasil
Rui Falcão fala com jornalistas após reunião do Conselho Político da Presidência do PT
Foto Rovena Rosa/ Agência Brasil

O presidente nacional do PT, Rui Falcão classificou como “ilações sem fundamento” as denúncias sobre os vínculos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com um sítio em Atibaia, interior paulista. “São denúncias infundadas, haja vista que o sítio tem escritura e nome de proprietário. E o proprietário faculta a visita a esse sítio para quem ele quiser, principalmente para o presidente Lula, com quem um dos proprietários praticamente foi criado, desde a sua infância. Essa denúncia não faz nenhum sentido”, disse ontem após participar da reunião do conselho político do PT. Lula também participou do encontro.
No último dia 4, a Justiça Federal autorizou a Polícia Federal (PF) a instaurar um novo inquérito para apurar se a construtora OAS ou outras empresas investigadas na Operação Lava Jato têm vínculos com o sítio. O despacho do juiz responsável pelo processo da Lava Jato, Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba atendeu a um pedido da PF para desmembrar o Inquérito Policial 0594. A investigação foi iniciada em 2014 para investigar eventuais crimes de peculato (desvio de dinheiro por funcionário público) e de lavagem de dinheiro praticados por dirigentes da OAS.
Apesar da determinação do juiz para que o inquérito corresse em segredo de Justiça, o procedimento foi divulgado no site do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região. Em um despacho posterior, Moro alegou que a publicação foi causada por um equívoco , que lançou a decisão automaticamente no sistema de acompanhamento virtual da Justiça. Com isso, o magistrado optou por remover o sigilo da investigação.
Em nota divulgada pelo Instituto Lula no final de janeiro, o ex-presidente confirmou que frequenta o sítio, de propriedade de amigos, em momentos de descanso, desde que deixou a Presidência da República, em 2011. “A tentativa de associá-lo a supostos atos ilícitos tem o objetivo mal disfarçado de macular a imagem do ex-presidente”, enfatiza o comunicado do instituto. Parte do acervo coletado durante os dois mandatos de Lula também está guardado no local.
Além da conjuntura política e econômica do país, Falcão disse que a reunião de hoje tratou de “violações ao Estado democrático de direito”. Como exemplos dessas violações, ele citou abusos que estariam sendo cometidos na Operação Lava Jato, pela Justiça, Polícia Federal e meios de comunicação. “Prisões preventivas sem necessidade, abolição do habeas corpus, inversão do princípio da presunção de inocência, delações forçadas, criminosos que depois de fazerem delações são transformados em heróis na mídia”, enumerou.
Segundo Falcão, o ex-presidente Lula também é uma das vítimas desses abusos. “Embora a escritura esteja registrada em cartório, em nome de outra pessoa, é o presidente Lula que tem que provar que o sítio não é dele. É uma inversão de valores, uma inversão dos fatos”, ressaltou.
Lula deve prestar depoimento na manhã da próxima quarta-feira (17), por videoconferência na Justiça Federal, em São Paulo, como testemunha de defesa do pecuarista José Carlos Bumlai. A tomada de declarações foi agendada pelo juiz Sérgio Moro. De acordo com Falcão, apoiadores de Lula devem prestar solidariedade ao ex-presidente na ocasião. “Há uma mobilização de vários setores para se dirigirem até o fórum”, disse.
Bumlai e mais dez investigados na Operação Lava Jato foram denunciados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com a acusação do Ministério Público Federal, Bumlai usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin. Segundo os procuradores, depoimentos de investigados que assinaram acordos de delação premiada revelam que o empréstimo de R$ 12 milhões se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação da Construtora Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009.

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