Lava Jato: Polícia Federal prende presidentes da Odebrecht e Andrade Gutierrez

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Os presidentes Marcelo Odebrecht e Otávio Marques Azevedo foram pegos após meses de investigações sobre superfaturamento em obras da Petrobras Foto: Montagem/Estadão/Conteúdo
Os presidentes Marcelo Odebrecht e Otávio Marques Azevedo foram pegos após meses de investigações sobre superfaturamento em obras da Petrobras
Foto: Montagem/Estadão/Conteúdo

A Polícia Federal deflagrou na manhã de ontem (19), mais uma fase da Operação Lava Jato. Os alvos são a Construtora Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez – duas das maiores empreiteiras do País, suspeitas de corrupção e cartel. Os presidentes das empresas, Marcelo Odebrecht, e Otávio Marques Azevedo, respectivamente, foram detidos, segundo o G1.
Eles estão sob suspeita desde setembro de 2014 quando foram citados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, como responsáveis pelo pagamento de US$ 23 milhões de propina da Odebrecht para uma conta aberta na Suíça. Além destes, os executivos da Odebrecht Márcio Farias e Rogério Araújo, também foram presos.
Batizada da Operação Erga Omnes – expressão em latim utilizada no meio jurídico, que significa “que é válido para todos” -, a nova fase cumpre 59 mandados judiciais em quatro Estados – 38 mandados de busca e apreensão, nove mandados de condução coercitiva (quando o indivíduo é conduzido para prestar depoimento), oito mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária.
Cerca de 220 policiais federais participam da operação. Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.
No fim de maio, a Odebrecht, que é a maior empreiteira do País afirmou à Polícia Federal, em petição, que “não participa de esquemas ilícitos, menos ainda com a finalidade de pagar vantagens indevidas a servidores públicos ou executivos de empresas estatais”. A empresa rechaçou com veemência suspeitas sobre contratos com a Petrobras.
Em depoimento, o doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava Jato, afirmou que, além de operar propinas da empreiteira Andrade Gutierrez no esquema de desvios na Petrobras, também operou US$ 600 mil do Caixa 2 da empresa às vésperas de ser pego na operação.
Segundo o delator, a movimentação teria sido realizada no final de 2013 e início de 2014 e atendido inclusive a um pedido da diretoria da empreiteira na Venezuela. “Foi uma operação de US$ 300 mil que mandei para a DGX (conta utilizada pelo doleiro no exterior) e duas operações de US$ 150 mil, que não têm nada a ver com a Petrobras”, relatou.
>> Odebrecht diz que prisões são desnecessárias – Em nota divulgada ontem, a Construtora Norberto Odebrecht confirmou a operação da Polícia Federal deflagrada, pela manhã, em seus escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão e mandados de prisão e condução coercitiva. A empreiteira, contudo, avalia que esses mandados são desnecessários, sob alegação de que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

Moro determina bloqueio das contas dos executivos presos

Segundo as investigações comandadas pelo juiz Moro, Odebrecht e Andrade Gutierrez lideravam o cartel de empreiteiras na corrupção à estatal do petróleo Foto: Agência Brasil
Segundo as investigações comandadas pelo juiz Moro, Odebrecht e Andrade Gutierrez lideravam o cartel de empreiteiras na corrupção à estatal do petróleo
Foto: Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro determinou o bloqueio de R$ 20 milhões das contas dos presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. O valor foi bloqueado eletronicamente para garantir eventuais ressarcimentos aos cofres públicos em caso de condenação dos investigados. O bloqueio atinge as contas de mais oito investigados.
As investigações que resultaram na 14ª fase da Operação Lava Jato revelam que as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez lideravam o cartel de empreiteiras que superfaturavam contratos da Petrobras.
De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, as duas empreiteiras, no entanto, diferentemente das demais investigadas, usavam um esquema “mais sofisticado” de pagamento de propina a agentes públicos e políticos por meio de contas no exterior, o que exigiu maior aprofundamento das investigações, antes do pedido de prisão dos diretores das empresas.

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