
Agência Brasil
O Ministério Público Federal enviou na terça (19) ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, mais duas denúncias decorrentes da força-tarefa da Lava Jato no Rio. Nas duas, foram denunciados o ex-governador Sérgio Cabral e Luiz Carlos Bezerra, ex-assessor de Cabral. Em uma, também aparece o ex-chefe da Casa Civil do Rio, Régis Fichtner. Na outra, são denunciados ainda o empresário George Sadala e Wilson Carlos, ex-secretário de Governo.
De acordo com procuradores, Fichtner obteve pelo menos 20 vezes vantagem indevida quando era chefe da Casa Civil. Entre janeiro de 2007 e abril de 2014, ele teria recebido R$ 1,5 bilhão em propinas.
Cabral foi denunciado por ter “anuído com a solicitação, aceitação de promessa e recebimento de vantagem indevida” de Ficther. Já Bezerra teria intermediado tais pagamentos.

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O MPF pediu à Justiça Federal a devolução de, no mínimo, R$ 1,56 bilhão como reparação de danos materiais, além de R$ 3,12 bilhões por danos morais.
As denúncias foram feitas com base na Operação C’est Fini, que prendeu Fichter e Sadala. O nome da operação (em francês, “está acabado”) seria uma alusão ao fim da Farra dos Guardanapos, como foi batizado o famoso jantar em Paris que teve a participação de ex-secretários do Rio, empresários e de Sérgio Cabral, registrados em fotos com guardanapos na cabeça. (Fonte: JB On Line)
Ex-secretário da Casa Civil do
Rio vai responder por peculato
O ex-secretário-chefe da Casa Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro e deputado estadual Christino Áureo da Silva (PSD) e sua ex-mulher Claudia Cataldi foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) por irregularidades quando ocupava o cargo de secretário estadual de Agricultura, nos governos de Rosinha Garotinho e Sérgio Cabral.
A ação foi proposta pela Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, em razão do foro privilegiado do secretário. De acordo com a denúncia, Áureo teria nomeado funcionários para cargos em comissão na secretaria, mas exerciam atividades domésticas para ele ou na organização não governamental (ONG) Responsa Habilidade, presidida por Claudia.

Alerj
Entre os nomeados está Neusa Silva de Oliveira, que trabalhava como empregada doméstica para o casal, e Hélio Ricardo, motorista particular dos dois. Outra funcionária nomeada para a secretaria, Rita de Luzié, trabalhava exclusivamente na ONG e, segundo a ação, recebia R$ 3 mil pelo cargo, mas ficava com R$ 1.200. O restante era repassado para Carla da Silva Santos, pessoa de confiança de Cláudia e que também foi denunciada.
Claudia e Carla foram acusadas pelos crimes de concussão (vantagem indevida) e Áureo por peculato (desvio de dinheiro público). Segundo os cálculos do MPRJ, o prejuízo para os cofres públicos foi de R$ 192 mil.
Em nota enviada pelo advogado Sérgio Riera, o ex-secretário afirmou que é inocente e vai esclarecer tudo na Justiça. Ele esclarece que “recebeu com tranquilidade a decisão do Órgão Especial no último dia de 11 de dezembro – de todo corriqueira na fase inicial do processo e comum em hipóteses semelhantes – a qual será devida e oportunamente combatida”.
Ainda na nota, Christino reitera sua inocência. “Esclareça-se, no ponto, que o próprio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro já decidiu quando do julgamento da descabida acusação de improbidade pelos mesmos fatos, inexistir justa causa, arquivando, de pronto, a ação proposta pelo Ministério Público. Christino Áureo permanece à disposição da Justiça, nela sempre depositando confiança e respeito”, diz a nota. (JB On Line)