Operador de Cabral é preso ao tentar fugir com R$ 22 mil na mala

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A Procuradoria da República no Rio de Janeiro aponta que Wagner Jordão Garcia, um dos operadores do esquema de corrupção e propinas atribuído ao ex-governador do Estado Sérgio Cabral (PMDB), tentou fugir da Operação Calicute carregando uma maleta com R$ 22 mil em dinheiro vivo.
A PF foi à casa de Wagner Jordão Garcia, em Ipanema, zona sul do Rio, no dia 17 de novembro, para cumprir um mandado de prisão preventiva contra ele.
Jordão é suspeito de ser o encarregado de receber os valores da “taxa de oxigênio” para Hudson Braga, ex-secretário de Obras do Governo Cabral. Todos foram presos na Calicute.
O episódio da maleta foi relatado por um procurador da República que acompanhava as diligências da Polícia Federal e transcrito pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, do Rio, em despacho na quarta-feira (23).
“Relata o órgão ministerial que o investigado Wagner Jordão Garcia no dia 17 de novembro de 2016, por ocasião do cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão em sua residência, manifestou nítida intenção de evadir-se do local, uma vez que às 5h55, desceu pelo elevador portando uma maleta com cerca de R$ 22 mil em espécie. O fato foi relatado pelo Procurador da República que supervisionava a diligência na residência do investigado”, registrou Marcelo Bretas.
Os investigadores flagraram Jordão logo que ele desceu do elevador do prédio levando a maleta nas mãos. Eram 5h55. A Calicute estava na garagem esperando dar 6h para entrar em ação.
“O investigado desceu pelo elevador, com uma maleta na mão, pronto para evadir-se do local, oportunidade em que foi abordado pelo delegado Alessandro Moraes, que pediu sua identificação e, após a confirmação de que se tratava do investigado, informou-lhe de que não poderia deixar o local”, informa Procuradoria.
“Durante as buscas, já no apartamento do investigado, foram encontrados, na maleta com o qual o investigado pretendia deixar o local, cerca de R$ 22 mil em espécie, os quais, no entanto, deixaram de ser apreendidos em razão de constar no mandado de busca e apreensão que só deveriam ser apreendidas quantias superiores a R$ 30 mil.”
Segundo a investigação do Ministério Público Federal, Wagner Jordão Garcia foi citado por quatro delatores – Alberto Quintaes e Rafael Campello, pela empreiteira Andrade Gutierrez, e Rodolfo Muntuano e Roque Manoel Meliande, pela empreiteira Carioca Engenharia – como o homem da ‘taxa de oxigênio’ do esquema de Cabral.

Os delatores relatam pagamentos a Jordão ‘sempre nas imediações da Secretaria de Obras, no centro do Rio’. O mesmo sistema de repasse era adotado para outros ‘representantes do Governo do Estado do Rio de Janeiro’.

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