
Ontem, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, comemorou as declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre uma possível ajuda do governo Federal aos estados em crise. O ministro descartou uma intervenção federal, mas acenou com a possibilidade de usar a arrecadação do estado do Rio com as receitas oriundas da exploração de petróleo como garantia para um empréstimo, que seria feito através de bancos privados.
Pezão, que no último dia 4 anunciou um polêmico pacote de medidas para tentar equilibrar a saúde financeira do estado do Rio, comentou sobre as reformas possíveis.
“Eu fico muito feliz porque o compromisso nosso, que tinha sido colocado pela equipe econômica, é que nós, em contrapartida, fizéssemos a reforma do estado, fizéssemos a reforma da Previdência. Levei pareceres de diversos economistas Nós estamos há um ano e meio discutindo isso com o Tesouro Nacional. Eu acho que finalmente aceitaram a nossa proposta. Se eu tivesse conseguido isso antes o estado do Rio não teria passado por esse problema”, disse Pezão.
O governador admitiu estar torcendo para que não haja novos arrestos nas contas do governo. Apenas nesta semana, dois bloqueios foram feitos, totalizando R$ 310 milhões.
“É pior que a Grande Depressão. Nunca na história desse país tivemos uma crise como essa. Nunca tivemos uma crise com -7% de decréscimo. Não existiu isso no país antes e isso afeta profundamente nossas finanças. Hoje, comecei a pagar hoje os servidores da educação, foi primeiro dia que conseguimos acessar o caixa do Tesouro. Vou ver agora com o secretário Gustavo para dar o mínimo de um calendário e torcer para não ter mais arresto”, comentou o governador.
Sobre a informação de que a BR Distribuidora iria parar de fornecer combustível para as viaturas da Polícia Militar por causa de dívidas não pagas, o governador garantiu que já iniciou conversas com a distribuidora para que a situação se normalize.
“Eu não posso contratar novos policiais, não estou conseguindo pagar nem mesmo os que já estão aí. O que eu estou pedindo ao Tesouro é para flexibilizar num momento de dificuldade do país. Não tem intervenção. Acho que a gente conseguiu sensilizar o governo com essa operação”, finalizou.