PF apreende carros de luxo do ex-presidente Collor

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O senador do PTB de Alagoas classificou a medida como “invasiva, arbitrária é flagrantemente desnecessária” Foto: Pedro França/Agência Senado
O senador do PTB de Alagoas classificou a medida como “invasiva, arbitrária é flagrantemente desnecessária”
Foto: Pedro França/Agência Senado

A PF apreendeu na manhã de ontem na Casa da Dinda, residência do senador Fernando Collor (PTB-AL), carros de luxo – um Porsche, uma Ferrari vermelha e um Lamborghini.
A ação integra a Operação Politéia, que cumpre 53 mandados de busca e apreensão envolvendo pelo menos três senadores, um deputado federal, além do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA) e o ex-deputado federal João Pizzolatti (PP-SC). Também foram alvo das ações os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), além de Collor. O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), líder do PP na Câmara, também foi alvo das ações.
A operação é a primeira deflagrada no âmbito dos inquéritos abertos em março no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar suposto envolvimento de políticos no esquema de desvios da Petrobras. As ações estão sendo realizadas em Brasília e em seis Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Bahia, Santa Catarina e Pernambuco.
O ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) classificou como “invasiva e arbitrária” a operação da Polícia Federal, que cumpriu um mandato de busca e apreensão ontem em seu apartamento em Brasília.
“A defesa do senador Fernando Collor repudia com veemência a aparatosa operação policial realizada nesta data em sua residência. A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a investigação já é conhecida desde o final do ano passado, e o ex-presidente jamais foi chamado a prestar esclarecimentos”, diz a nota publicada no Facebook de Collor.
O texto diz ainda que o senador já se colocou à disposição para ser ouvido pela Polícia Federal, mas que, por duas vezes, o depoimento foi desmarcado na véspera. “Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso, intimidar futuras testemunhas”, diz a nota.
Collor criticou ainda o que chamou de desrespeito às garantias individuais pelo “Estado policial”. “Se nem os membros do Senado Federal estão livres do arbítrio, o que se dirá do cidadão comum, à mercê dos Poderes do Estado”, afirmou.

Busca e apreensão em escritório do
filho do presidente do TCU

Empreiteiro Ricardo Pessoa citou o nome do advogado Tiago Cedraz em delação na Polícia Federal
Empreiteiro Ricardo Pessoa citou o nome do advogado Tiago Cedraz em delação na Polícia Federal

Ainda ontem, a Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de busca e apreensão no escritório do advogado Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz. A diligência foi feita após o nome do advogado ter sido citado no depoimento de delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, investigado na Operação Lava Jato. De acordo com reportagens divulgadas pela imprensa, Pessoa declarou que Tiago Cedraz favoreceu a empreiteira UTC, de propriedade do delator, no tribunal.
Em nota, o advogado classificou as afirmações de Pessoa de mentirosas e disse que nunca participou de nenhum caso envolvendo a empreiteira no TCU. “Desde as primeiras notícias publicadas na imprensa, o escritório se colocou à disposição das autoridades para repassar informações necessárias à correta compreensão dos fatos. Com reiteradas solicitações. Mas sequer teve uma reposta das autoridades. Mais uma vez reforça que nunca patrocinou nenhum caso do Grupo UTC perante o Tribunal de Contas da União. E repudia veementemente toda e qualquer adulteração de fatos lícitos para ensejar um enquadramento dos fatos em uma delação forjada”, declarou.
Para Tiago Cedraz, foi uma “violência sem precedentes” o cumprimento da diligência no seu escritório de advocacia. “O escritório Cedraz Advogados considera uma violência sem precedentes, um atentado ao regular exercício da profissão, medidas adotadas autorizadas com base em uma delação premiada negociada por um réu confesso que mente a fim de se beneficiar. Por fim, comunica que informou a OAB do Distrito Federal e o Conselho Federal da OAB acerca das extrapolações no cumprimento do mandado”, argumentou.
Chamada Operação Politeia, a nova fase da Lava jato foi deflagrada a partir de autorizações de busca e apreensão emitidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Foram cumpridos mandados em casas, escritórios e empresas de políticos, entre eles os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Fernando Bezerra (PSB-PE), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e o ex-ministro Mário Negromonte.

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