
A Polícia Federal (PF) cumpre mandado de busca e apreensão na casa do ex-jogador baiano da Seleção Brasileira com passagem pelo Vitória-BA, Corinthians e Flamengo, Edílson da Silva Ferreira (o Capetinha), segundo informações obtidas pelo Portal A TARDE. A ação aconteceu na residência dele em Salvador, mas não foi divulgado o resultado da apreensão.
Além de Edílson, o primo do ex-jogador foi preso durante a operação e é um dos principais alvos das investigações.
O ex-jogador e o primo são investigados pela “Operação Desventura”, que apura fraudes no pagamento de prêmios para falsos bilhetes da loteria. A ação foi iniciada na manhã de ontem nos estados da Bahia, Goiás, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal. Em uma postagem no Twitter, o órgão informou que os gerentes eram recrutados por grandes correntistas, entre eles um ex-jogador da Seleção. O nome dele não foi divulgado na rede social.
Cerca de 250 policiais federais cumpriram 54 mandados judiciais, divididos em cinco prisões preventivas, oito temporárias, 22 conduções coercitivas e 19 buscas.

Foto: Estevam Avellar/ O Globo
O esquema consistia em validação de bilhetes premiados que não foram sacados. Os criminosos mapeavam premiações não retiradas pelos ganhadores e informavam aos gerentes, que viabilizavam o pagamento dos prêmios por meio de suas senhas. Em um ano de investigação, a PF identificou prejuízo de pelo menos R$ 60 milhões.
Os valores dos prêmios não sacados são destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Só em 2014, as loterias deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões em prêmios da Mega-Sena, Loteca, Lotofácil, Lotogol, Quina, Lotomania, Dupla-sena e Timemania.
Durante as investigações, um integrante da organização criminosa chegou a ser preso quando tentava aliciar um gerente para o saque de um bilhete de loteria no valor de R$ 3 milhões. Ele foi liberado pela polícia, porém, alguns dias depois, foi executado. A polícia está investigando a motivação e a autoria do crime.
Também foi identificado a atuação de um doleiro no esquema. O nome não foi divulgado. Ainda segundo a polícia, a quadrilha praticava outros crimes como fraude na utilização do BNDES e do Construcard, além de liberação irregular de gravame de veículos.