Presidente da Câmara afastado: cassação de Cunha deve acontecer em setembro

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PT, Rede, Psol e PCdoB vinham pressionando Maia para que a votação fosse realizada logo Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
PT, Rede, Psol e PCdoB vinham pressionando Maia para que a votação fosse realizada logo
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O governo interino de Michel Temer (PMDB) articulou com a antiga oposição (PSDB, DEM e PSB) para deixar a votação da cassação de Eduardo Cunha para setembro, quando o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff estiver concluído. PT, Rede, Psol e PCdoB vinham pressionando Maia para que a votação contra o peemedebista fosse realizada em data mais próxima possível. As informações são do Estado de S. Paulo.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teria dito a parlamentares que a sessão deve ocorrer entre 12 e 16 de setembro. Maia ficou de divulgar a data oficialmente, ontem, mas até o fechamento desta edição não havia feito.
O receio do governo de Michel Temer seria que Eduardo Cunha pudesse atrapalhar o processo de impeachment se perdesse o mandato antes do afastamento de Dilma estar finalizado, “atirando” contra membros do governo interino, e que viesse ainda a “tumultuar” a votação final do processo contra Dilma, prevista para ocorrer entre o final de agosto e início de setembro.
De acordo com o jornal paulista, a tese já era defendida pelo chamado Centrão – grupo de partidos liderados por PP, PSD e PTB – mas enfrentava resistência no PSDB e no DEM. O consenso, contudo, teria sido alcançado em café da manhã na terça-feira (9), entre Maia e líderes do Centrão e da antiga oposição.
Ontem, Rodrigo Maia confirmou em entrevista coletiva que a base de apoio ao presidente em exercício Michel Temer quer votar a cassação somente depois da conclusão do processo de impeachment de Dilma. Ele também apontou para a pressão do PT, Rede, Psol e PCdoB para a decisão ocorrer antes do julgamento da presidente afastada.
Michel Temer vê resultado da votação do impeachment ‘com alegria’

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse ontem que o governo vê com “alegria” a decisão do Senado de levar a presidente afastada Dilma Rousseff a julgamento por crime de responsabilidade.
“O presidente Michel tinha expectativa que o Senado continuasse tributando confiança ao seu projeto de governo. Como vimos, aumentou bastante o número de senadores que votaram a favor da permanência dele e é claro que o governo vê com alegria”, disse. Padilha deu as declarações ao sair de encontro com parlamentares em um restaurante, que também teve participação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Padilha também falou sobre a data provável para a votação final do impeachment. “O que temos garantido pelo presidente Renan [Calheiros] é que deve iniciar o processo de votação no dia 25 deste mês. Mas claro que poderão ocorrer fatos que posterguem ou antecipem”, acrescentou o ministro.

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