Prisão de Delcídio paralisa votações no Congresso

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O senador e líder petista no Congresso era o presidente da importante Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)
O senador e líder petista no Congresso era o presidente da importante Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)

O governo não só se surpreendeu com a prisão do então líder no Senado, Delcídio Amaral (PT-MT), como ficou preocupado com seus planos para este ano. A pauta do Congresso já foi adiada e estará comprometida pelos próximos dias.
De acordo com um petista influente no Senado, mesmo com a prisão de Delcídio, o governo tentou ao máximo manter a sessão do Congresso para não paralisar a votação de matérias relativas ao ajuste fiscal.
No Senado, a próxima sessão está prevista para o dia 3 de dezembro, uma quinta-feira. “O que é temerário. Ninguém sabe nem se essa sessão vai acontecer porque é uma quinta-feira. Os trabalhos ficarão paralisados por mais de uma semana”, emendou o petista.
Na Câmara, a sessão de quarta-feira (25) também foi suspensa. De acordo com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a sessão foi cancelada por não ter acordo em torno do PL 3123/15, que fixa novas normas para o cálculo do teto de remuneração do servidor público. O texto tramita em regime de urgência e tranca a pauta da Casa.
Ex-ministro da Casa Civil e atual titular da Educação, Aloizio Mercadante reconhece que a pauta do Congresso foi prejudicada com a prisão do correligionário e líder do Planalto.
Ele defende que, ainda assim, o parlamentares votem as matérias do ajuste, como a ampliação da DRU (Desvinculação de Receitas da União) e a reinstalação da CPMF, o mais rápido possível.
No Senado, porém, não há mais expectativa da votação dessas matérias ainda este ano. Governistas acredita que, com a prisão de Delcídio, a parte mais polêmica do ajuste fiscal, incluindo a repatriação, deverá ficar para 2016.
Além da pauta do plenário, os projetos relativos à economia do País que ainda estão em tramitação nas comissões enfrentarão mais um obstáculo. Delcídio era o presidente da principal comissão da Casa, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
É nesta comissão que passam todos os projetos relacionados à economia. Os petistas estão preocupados com a escolha do próximo nome para o colegiado. “Claro que a prisão do Delcídio atrapalha. O partido vai ter que se debruçar sobre um novo nome, o que vai adiar ainda mais as votações que são essenciais para o governo”, disse um petista.
Petistas queriam senador solto

Na noite desta quarta-feira (25) o plenário do Senado Federal decidiu por 59 votos a favor manter a decisão do Supremo Tribunal Federal de prender o senador Delcídio Amaral (PT-MS).
A decisão da maioria do plenário pela votação aberta no caso do petista revogou o dispositivo do Regimento Interno do Senado que estabelecia que esse tipo de votação deveria ser secreta. Segundo o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), todas as futuras votações semelhantes serão abertas.
Foram 13 votos contrários e uma abstenção. Não houve manifestações dos senadores após o anúncio do resultado. A manutenção da prisão de Delcídio foi recebida por um plenário em silêncio.
Como na votação anterior, que definiu se o voto seria aberto ou não, o PMDB liberou a bancada. O líder do PT, Humberto Costa (PE) orientou os petistas a votar pelo relaxamento da prisão, lamentando não poder afirmar que essa era também uma posição do partido. Entre os 13 parlamentares que votaram pela soltura de Delcídio, nove eram petistas.
Lindberg votou contra detenção;
Baixinho Romário a favor

Lindbergh Farias votou pela liberdade do colega de partido preso
Lindbergh Farias votou pela liberdade do colega de partido preso

Pela revogação da prisão (Delcídio livre), votaram: Ângela Portela (PT-RR); Donizete Nogueira (PT-TO); Fernando Collor (PTB-AL); Gleisi Hoffmann (PT-PR); Humberto Costa (PT-PE); João Alberto Souza (PMDB-MA); Jorge Viana (PT-AC);
José Pimentel (PT-CE); Lindberg Farias (PT-RJ); Paulo Rocha (PT-PA); Regina Sousa (PT-PI); Roberto Rocha (PSB-MA); Telmário Mota (PDT-RR). Abstenção: Edison Lobão (PMDB-MA).
Favoráveis à manutenção da prisão: Acir Gurgacz (PDT-RO); Aécio Neves (PSDB-MG);
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP); Ana Amélia (PP-RS); Antônio Carlos Valadares (PSB-SE); Ataídes Oliveira (PSDB-TO); Benedito de Lira (PP-AL); Blairo Maggi (PMDB-MT); Cássio Cunha Lima (PSDB-PB); Cristovam Buarque (PDT-DF); Dalírio Beber (PSDB-SC); Dário Berger (PMDB-SC); Davi Acolumbre (DEM-AP); Douglas Cintra (PTB-PE); Eduardo Amorim (PSC-SE); Elmano Ferrer (PTB-PI); Eunício Oliveira (PMDB-CE); Fernando Coelho (PSB-PE); Flexa Ribeiro (PSDB-PA); Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN); Hélio José (PSB-DF); Ivo Cassol (PP-RO); Jader Barbalho (PMDB-PA); João Capiberibe (PSB-AP); José Agripino (DEM-RN); José Maranhão (PMDB-PB);
José Medeiros (PPS-MT); José Serra (PSDB-SP); Lasier Martins (PDT-RS); Lídice da Mata (PSB-BA); Lúcia Vania (PSB-GO); Magno Malta (PR-ES); Marcelo Crivella (PRB-RJ); Marta Suplicy (PMDB-SP); Omar Aziz (PSD-AM); Otto Alencar (PSD-BA); Paulo Bauer (PSDB-SC); Paulo Paim (PT-RS); Raimundo Lira (PMDB-PB); Randolfe Rodrigues (REDE-AP); Reguffe (PDT-DF); Ricardo Ferraço (PMDB-ES); Ricardo Franco (DEM-SE);
Roberto Requião (PMDB-PR); Romário (PSB-RJ); Romero Jucá (PMDB-RR); Ronaldo Caiado (DEM-GO); Rose de Freitas (PMDB-ES); Sandra Braga (PMDB-AM); Sérgio Petecão (PSD-AC); Simone Tebet (PMDB-MS); Tasso Jereisseti (PSDB-CE); Valdir Raupp (PMDB-RO); Vanessa Graziotin (PCdoB-AM); Vicentinho Alves (PR-TO); Waldemir Moka (PMDB-MS); Walter Pinheiro (PT-BA); Wilder Morais (PP-GO) e Zezé Perrella (PDT-MG).

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