Juristas comentaram ontem a escolha, através de sorteio do ministro Edson Fachin para a relatoria da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela operação na Primeira Instância, destacou a “atuação eficiente e independente” de Fachin.
Fachin, que anteriormente ocupava a Primeira Turma do STF, pediu para ser transferido para a Segunda Turma (responsável pela Lava Jato) após a vaga deixada por ocasião da morte do ex-ministro Teori Zavascki. Com a ida de Fachin para a Segunda Turma, ele participou do sorteio juntamente com Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. Mesmo com o sorteio aleatório, os critérios para manter o equilíbrio na distribuição dos processos apontavam para que Fachin herdasse a relatoria da Lava Jato.
Ao menos 364 pessoas são investigadas no Supremo no âmbito da Operação Lava Jato, segundo o balanço mais recente divulgado pelo Ministério Público Federal (MPF), muitas delas políticos no exercício do mandato parlamentar.
“Diante do sorteio do eminente Ministro Edson Fachin como Relator dos processos no Supremo Tribunal Federal da assim chamada Operação Lava Jato e diante de solicitações da imprensa para manifestação, tomo a liberdade, diante do contexto e com humildade, de expressar que o Ministro Edson Fachin é um jurista de elevada qualidade e, como magistrado, tem se destacado por sua atuação eficiente e independente”, disse o juiz federal, Sérgio Moro.
“A Ajufe saúda o Ministro Facchin como o novo integrante da 2ª turma do STF e manifesta seu integral apoio na condução dos processos da operação lava-jato”, comentou o presidente da Ajufe, Roberto Veloso.
“É uma boa notícia o ministro Fachin ter sido sorteado para ser o novo relator dos processos da Lava Jato. O Ministro Fachin é um magistrado ponderado e técnico, com postura muito semelhante a do Ministro Teori. Tenho certeza de que conseguirá lidar com as pressões impostas por esse processo e defenderá as garantias constitucionais, quando isso se fizer necessário”, se manifestou o vice-presidente da OAB do Rio de Janeiro, Ronaldo Kramer.
