STF pode votar afastamento de Eduardo Cunha nos próximos dias, diz revista

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Complicou: presidente da Câmara é réu no STF e enfrenta processo de cassação na própria Casa que preside Foto: Antonio Camargo/Agência Brasil
Complicou: presidente da Câmara é réu no STF e enfrenta processo de cassação na própria Casa que preside
Foto: Antonio Camargo/Agência Brasil

As declarações contrárias do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), à decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de dar prosseguimento ao pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer complicaram a vida do deputado, que é réu na Corte Suprema por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ocultação de contas no exterior.
De acordo com informações da revista Carta Capital, pelo menos quatro assessores muito próximos aos magistrados do STF confirmam que os ministros ficaram bastante contrariados com a tentativa de Cunha de desafiar a ordem de Marco Aurélio. Se antes havia um entendimento para tratar do caso Cunha só após a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, agora alguns ministros já cogitam, inclusive, pedir a prisão de Eduardo Cunha, da mesma maneira que ordenaram a prisão do senador Delcídio do Amaral.
Um dos ministros que compartilham da vontade de antecipar a votação é o relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki. Em pauta, seria julgado o pedido de afastamento de Cunha da Presidência da Câmara. De acordo com a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Eduardo Cunha, na condição de chefe de um Poder, dificulta e atrapalha as investigações da operação sobre ele.
A opinião de Janot encontra correspondência também no Conselho de Ética da Câmara, onde Cunha enfrenta um processo de cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar, com a acusação de ter mentido na CPI da Petrobras ao negar que fosse titular de contas ocultas no exterior. Os integrantes do Conselho vêm acusando Cunha e seus aliados de estratégias para protelar a votação do parecer contra ele. O processo de Cunha no Conselho de Ética se arrasta há mais de quatro meses e é o mais longo na história da comissão

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