
Marcelo Camargo / ABr
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse ontem (19), não ter sido informado sobre “ameaças concretas” a magistrados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que julgarão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima quarta-feira, 24, em Porto Alegre. Jardim falou com a imprensa no Palácio Piratini, após assinar convênio com o governo do Estado do Rio Grande do Sul e o município de Charqueadas para a construção de um presídio federal.
Segundo o ministro, há franca colaboração entre os órgãos de segurança estaduais e federais para “garantir a ordem e a constitucionalidade” no dia do julgamento, classificado pelo próprio ministro como “histórico”. No entanto, Jardim evitou detalhar as ameaças notificadas pelo TRF-4.
“Não houve informação oficial. Estamos acompanhando o que está na internet para saber a plausabilidade”, disse o ministro, evitando entrar no mérito sobre a origem das supostas ameaças.
Ainda assim, Jardim ressaltou haver “muito discurso agressivo prometendo ações ilegais”. O governo federal colocou à disposição 130 homens da Força Nacional para atuar em Porto Alegre até o dia do julgamento. A Polícia Rodoviária Federal está mobilizada para fazer revistas em ônibus em todos os acessos à capital gaúcha. A Polícia Federal atuará na proteção dos magistrados. Ainda ontem, o ministro teria reunião com o presidente do TRF-4 para tratar do esquema de segurança para o julgamento. (AE)