Venina diz à CPI que ex-presidentes da Petrobras sabiam de irregularidades

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"Um projeto com viabilidade negativa de R$ 2,5 bilhões com certeza seria do conhecimento dele", disse a ex-funcionária Foto: Lula Marques/ Agência PT
“Um projeto com viabilidade negativa de R$ 2,5 bilhões com certeza seria do conhecimento dele”, disse a ex-funcionária
Foto: Lula Marques/ Agência PT

A ex-gerente da área de abastecimento da Petrobras Venina Fonseca disse ontem, em depoimento à CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados, que os ex-presidentes da estatal José Sérgio Gabrielli e Maria das Graças Foster tinham conhecimento de problemas e irregularidades em projetos da companhia.
Em resposta a questionamentos do deputado Altineu Côrtes (PR-RJ) na CPI, Venina afirmou que Gabrielli fazia parte do colegiado que aprovava os maiores contratos da Petrobras, portanto sabia da inviabilidade ou da pouca viabilidade de projetos como a Refinaria de Abreu e Lima. “Um projeto com viabilidade negativa de R$ 2,5 bilhões com certeza seria do conhecimento dele”, afirmou a ex-gerente.
Ela também reiterou que Graça Foster teria sido informada por ela, pessoalmente e por e-mail, sobre irregularidades nas contratações da Petrobras. Os avisos teriam começado ainda em 2008, antes da Polícia Federal deflagrar a Operação Lava Jato. A ex-gerente afirmou também que desvios na área de comunicação da empresa detectados por ela ainda em 2008 foram acobertados pela diretoria da empresa.
“Havia todo um contexto de má-gestão e maus feitos de desvios nessa área e informei o ex-diretor (de Abastecimento) Paulo Roberto Costa. Uma comissão foi criada para apurar os fatos e resultado foi um relatório pífio. Eu demiti o empregado responsável em 2009 e, para a minha surpresa, ele foi mantido na empresa até 2012”, afirmou, em depoimento à CPI.
Segundo ela, uma proposta de melhoria na gestão dos contratos da refinaria de Abreu e Lima feita pela sua gerência também teria sido ignorada pela diretoria da empresa. “Desde 2007 negociamos um novo tipo de contrato e havia consenso pela mudança de modelo contratual que foi apresentada ao então presidente José Sérgio Gabrielli e aos ex-diretores Costa e Renato Duque. Algum tempo depois, Costa me mandou e-mail mandando acelerar os contratos sem acatar as mudanças propostas e aconteceu o que aconteceu”, completou, em resposta às perguntas feitas pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

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