Luiz Paulo: 2016 será um ano
político pior que 2015
O presidente do PSDB carioca e líder da bancada tucana na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Paulo, vê um cenário muito difícil para os candidatos a prefeito nas eleições de 2016, quando deverá haver um crescimento considerável dos votos nulos, brancos e abstenções.
Nesta entrevista exclusiva para o Jornal de Hoje, Luiz Paulo acredita que não tem candidato imbatível num momento político tão duro como esse que o País atravessa. “Eu diria a você que 95% dos prefeitos-candidatos perderão as eleições, porque se vocês acham que 2015, sob o ponto de vista político, econômico e financeiro, foi ruim, 2016 será pior. E aqueles que os prefeitos pretendem apoiar, esse apoio não vai valer tanto quanto eles acham. Além disso, votos nulos, brancos e abstenções serão em grande quantidade, e o quociente eleitoral será reduzido. Eu também não sei dizer, entre as grandes figuras da república, com as delações premiadas, principalmente do Renato Duque, Fernando Baiano, quem é que sobra”.
>> Jornal de Hoje – Deputado Luiz Paulo, como o PSDB vai atuar nas eleições do próximo ano?
>> Luiz Paulo – O presidente nacional do nosso partido, senador Aécio Neves, orientou o deputado Otávio Leite, presidente regional, e também a mim, que a gente procurasse o máximo possível ter candidatura própria, principalmente nos municípios da Região Metropolitana com grande densidade eleitoral, com maior número de eleitores. Então, a nossa tarefa até o dia 30 de setembro, que em tese é o último dia de mudança de partido, é buscar esse caminho.
>> JH – Os principais colégios eleitorais são Niterói, São Gonçalo e Nova Iguaçu…
>> Luiz Paulo – Colégios eleitorais importantes são todos os municípios da Região Metropolitana. Temos Duque de Caxias, onde possivelmente vai acontecer a candidatura da deputada Andrea Zito, possivelmente, porque a candidatura só torna candidatura depois da convenção. Aqui no Rio de Janeiro estamos buscando esse caminho, na busca de um candidato que venha até de outro partido. Estamos conversando com muita gente. Os que tem mandatos ficam aguardando a janela, mas ninguém sabe se terá janela. Tem hora que o Congresso Nacional diz que sim, tem hora que diz que não. Tem hora que diz que mudança de partido vai ser 12 meses, como é hoje; tem hora que diz que vai ser 180 dias, e nessa dúvida tem muita gente em cima do muro para se decidir aos 45 minutos do segundo tempo.
>> JH – O Rio de Janeiro tem duas candidaturas fortes, Romário, do PSB, e Pedro Paulo, do PMDB. E o PSDB…
>> Luiz Paulo – O Rio de Janeiro tem muitas candidaturas próprias. Tem Pedro Paulo, Romário, o senador Crivella, Marcelo Freixo e o PSDB quer ter o seu candidato, eu, Otávio, somos pré-candidatos, mas se tiver um candidato, uma alternativa melhor do que a nossa, a gente quer também que entre nesse jogo.
>> JH – E quem será imbatível …
Luiz Paulo – Não tem candidato imbatível num momento político tão duro como esse que nós atravessamos. Eu diria a você que 95% dos prefeitos que sejam candidatos perderão as eleições, porque se vocês acham que 2015, sob o ponto de vista político, econômico e financeiro, foi ruim, 2016 será pior. E aqueles que os prefeitos pretendem apoiar, esse apoio não vai valer tanto quanto eles acham. Além disso, votos nulos, brancos e abstenções serão em grande quantidade, e o quociente eleitoral será reduzido. Eu também não sei dizer, entre as grandes figuras da república, com as delações premiadas, principalmente do Renato Duque, Fernando Baiano, quem é que sobra.
Atividades Físicas
O deputado Pedro Augusto, romeiro de Aparecida e líder de audiência na Rádio Tupi, apresentou projeto de lei propondo que o governador Pezão crie na secretaria estadual de Esporte e Lazer o Programa de Incentivo à Prática de Exercícios Físicos para Idosos.
Multas de Trânsito
O deputado André Ceciliano propõe, através de projeto de lei, que os motoristas amadores com 20 pontos na carteira de multas possam cancelar 10 pontos, mediante o pagamento de R$ 40,00 para cada ponto cancelado.
Os motoristas profissionais podem cancelar até 20 pontos, mediante o pagamento de R$ 10,00 por cada ponto cancelado, informou André Ceciliano.