Alerj, por Ronaldo Ferraz e Pereirinha – 14/11

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Rio está sob ameaça de racionamento de água

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O vereador Renato Cinco é presidente da Comissão Especial, criada na Câmara Municipal do Rio para acompanhar, discutir e apontar meios que possam evitar problemas de abastecimento de água para os seus sete milhões de habitantes, que enfrentam a ameaça do racionamento.
Renato Cinco diz, nesta entrevista exclusiva ao JH, que a questão é o consumo exagerado pelo agronegócio da soja, o desmatamento da Mata Atlântica, do Serrado e da Amazônia. A solução está em mudar a legislação brasileira para preservar as florestas e os mananciais, garantindo prioridade de consumo aos humanos.
>> Jornal de Hoje – O abastecimento de água vive uma situação bastante complicada, não é vereador?

>> Renato Cinco – Bastante complicada. A gente tem uma grande possibilidade de ter racionamento de água na Região Metropolitana do Rio a partir do verão. Essa é uma situação que vem sendo mal debatida. O poder público praticamente pede que a população faça economia, mas o consumo residencial é 6% da água do país. A agricultura consome 70%, precisa economizar e a indústria e a mineração também. O uso doméstico pode economizar e não vai mudar em nada o quadro da seca que está vindo aí.

>> JH – Quanto à alimentação e indústria fica um pouco difícil, porque se não produzir alimentos a população vai comer o que?

>> Renato Cinco – Mas quem consome a água na agricultura é o agronegócio que faz a exportação de soja. A produção que alimenta os brasileiros quase 80% vem da agricultura familiar, pequeno produtor rural, que é quem mais preserva o ambiente, muito mais do que o agronegócio que faz grandes devastações, grandes plantações de soja, criação de gados em larga escala, isso vem alimentando os bolsos dos donos dessas fazendas e não o povo brasileiro porque a produção deles é principalmente para exportação.

>> JH – Vereador, e com relação ao município do Rio que não tem essas grandes indústrias, essa produção galopante. Qual é a posição do Rio, para que essa indústrias deem sua contribuição à economia da água?

>> Renato Cinco – Hoje o mais importante é enfrentar a questão da falta da água no Brasil, parar de desmatar e passar a reflorestar a Mata Atlântica, o Serrado e a Amazônia. Não existe água sem floresta. A seca que estamos vivendo no Brasil tem a ver com o aquecimento global que muda o regime de chuvas em escala mundial. Também é produzida pela destruição da Mata Atlântica, do Serrado e da Amazônia. A Amazônia é a grande produtora de umidade do nosso Continente. Se olharmos o Mapa Mundi tem deserto no mundo inteiro só não tem na América do Sul por conta da umidade da Amazônia e o Serrado é quem absorve a água da Amazônia e transfere para os aquíferos. Então, a destruição do Serrado, da Amazônia e da Mata Atlântica é mais de 90%. É o principal problema e é o que temos que enfrentar em primeiro lugar.

>> JH – E os poços artesianos, que são furados indiscriminadamente?

>> Renato Cinco – Esse problema apareceu na cidade de São Paulo no ano passado, quando estourou a seca lá. Muitos condomínios de classe média alta, de pessoas ricas, passaram a furar poços artesianos por toda a cidade, criando mais problema de abastecimento, porque você passa a ter uma perda de controle desses mananciais que servem para abastecimento da cidade como um todo. A gente precisa mexer na legislação. A legislação do país tem que preservar as florestas e garantir que a prioridade seja o consumo humano.

 

Paracambi

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Cidade de aproximadamente 50 mil habitantes e um PIB de R$ 350 milhões, Paracambi foi emancipada em 1960. Seu primeiro prefeito foi o hoje delegado de polícia aposentado Délio Leal, que depois se elegeu deputado estadual por vários mandatos. Délio, com as bênçãos do PT, sob a liderança do deputado estadual André Ceciliano, é novamente candidato a prefeito de Paracambi. A promessa é dar continuidade ao projeto desenvolvimentista implantado por Ceciliano, quando este foi prefeito por dois mandatos na cidade.

 

Recuperação de Créditos

Com crédito a receber do Instituto Nacional da Previdência Social (INSS), em torno de R$ 500 mil, o governador Luiz Fernando Pezão enviou mensagem ao presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani, solicitando autorização para o Rio previdência receber imóveis do INSS em troca da dívida.

 

Inventário Turístico

Após mais de três décadas, o estado do Rio terá um inventário turístico. A informação é do secretário estadual de turismo, Nilo Sérgio Felix, que participou de reunião da Comissão de Turismo da Alerj. No encontro, foi discutida a situação do turismo na região da Costa do Sol, que inclui os municípios de Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Carapebus, Casimiro de Abreu, Iguaba Grande, Macaé, Maricá, Quissamã, Rio das Ostras, São Pedro da Aldeia e Saquarema.

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