Jorge Felippe Neto diz que
eleições em 2016 serão difíceis
Aos 23 anos de idade, o advogado Jorge Felippe Neto é o mais novo deputado na Assembleia Legislativa. Ele assumiu a liderança do PSD e está começando a trabalhar na ajuda aos companheiros de partido que irão participar das eleições municipais de 2016.
Jorge Felippe Neto diz que o pleito será difícil devido à crise econômica e política. Nesta entrevista, o deputado, neto do presidente da Câmara Municipal do Rio, vereador Jorge Felippe, defende mudanças no sistema político-eleitoral para reverter o quadro de descrédito que o povo tem em relação aos políticos.
>> Jornal de Hoje – Como tem sido sua experiência no parlamento fluminense?
>> Jorge Felippe Neto – É uma experiência fantástica. Acho que com qualquer idade, mas com 23 anos é um pouco mais, porque ao mesmo tempo que você está vivendo experiências muito novas, você tem a sua juventude, os arroubos da juventude. Então acaba sendo um mandato muito interessante. Fico muito orgulhoso e muito feliz em ver que o parlamento preza às novas ideias, preza o arejamento, preza à juventude. O presidente Picciani tem sido um pai pra gente, para todos os jovens, dando um gás, colocando a gente em pontos chaves da administração da Casa. E representar a sua base eleitoral, representar o estado em missões oficiais, é realmente uma oportunidade muito única e fico agradecido a cada um dos eleitores que me deram essa oportunidade
>> JH – Há um ditado popular que os jovens se inspiram nos mais velhos. O Senhor se inspirou no avô, vereador Jorge Felippe?
>> Jorge Felippe Neto – A gente procura pegar o melhor das pessoas. Óbvio que com o meu avô eu tenho muito que aprender, é o meu guia maior.
>> JH – Você nasceu na política, não é?
>> Jorge Felippe Neto – Desde criança. A minha primeira memória é de uma campanha, em 1996, quando meu avô foi candidato a vice-prefeito e eu em cima de um trio elétrico, distribuindo adesivos, colocando ‘cricri’ em mim, nas outras crianças, meus amigos.
>> JH – Você é o líder da bancada do PSD, como é que o partido vai atuar nas eleições do ano que vem?
>> Jorge Felippe Neto – O PSD se comporta como um partido sem dono. A gente respeita as representações dos diretórios, dos deputados, tem toda uma correlação de forças, a gente conversa. Evidentemente, a gente está tentando na maioria dos municípios viabilizar uma candidatura forte, pujante, para o PSD crescer. O partido hoje é o segundo maior no estado e queremos que, se Deus quiser daqui pra frente, chegue a primeiro. Eu não tenho dúvida que com o crescimento do PSD, os nossos esforços e nosso trabalho, vamos chegar lá, sem pressa, devagar e sempre, vamos caminhando, mas a eleição no que vem vai ser muito dura, principalmente para os prefeitos candidatos a reeleição. Todas as pesquisas indicam que eles estão com 70% de rejeição em média, isso por conta do fator econômico, do clima político que a gente sente nas ruas. Nesse momento de crise a gente podia estar sendo mais produtivo com relação ao poder executivo, ajudando com condições políticas que talvez o executivo tem de cortar na própria carne, mas a Assembleia tomou um rumo, que também é muito digno, muito honroso, de atender as categorias, de ser uma ponte, entre os anseios populares e os poderes constituídos. Esse é um papel bom, mas não é a ‘completudo’ do parlamento em torno da democracia, uma expressão mais forte de luta pela democracia. É isso que está faltando nesse momento de crise.
>> JH – Então, no ano que vem, com a crise econômica e política, haverá menos dinheiro circulando nas campanhas eleitorais. O Senhor acha que isso vai melhorar o quadro da representação política?
>> Jorge Felippe Neto – Eu não acho que seja mais ou menos dinheiro numa campanha a curto prazo que vá modificar esse cenário. É um reajuste de cenário, de sistema político-eleitoral para que efetivamente, permanentemente, se reduza o custo de campanha. Hoje estamos vivendo um Brasil debaixo de críticas, de caça às bruxas, isso afasta as pessoas boas. Alguns parlamentares podem estar perdendo o estímulo. A gente faz coisa bacana, mas o povo acaba não se comovendo, não tem um controle social. Mais importante do que o custo de campanha e fazer essas críticas que a gente tem feito, é uma cultura de mudar o sistema político-eleitoral com ajuda da população para que ela também possa elogiar o que deva ser elogiado, porque tem mais coisas boas que saem da política do que coisa ruim propriamente dita, pois é isso que tem que focar nesse momento, pelo zelo, pela união nacional e pela credibilidade das instituições.
Telefone e Internet
Diante da dificuldade do estado em fechar as contas e pagar o funcionalismo, o presidente da Comissão de Orçamento da Alerj, Pedro Fernandes, propõe a criação de um grupo de trabalho formado pelas secretarias estaduais de Planejamento e Gestão, de Fazenda e Casa Civil para reduzir despesas de custeio do Executivo.
Pedrinho acha alto demais o valor de R$ 90,4 milhões gastos este ano pelo estado com telefonia móvel e internet. A proposta foi feita durante audiência pública com representantes do estado para discutir o assunto. Só a secretaria de Educação gastou sozinha, com telefonia e internet, R$ 39,9 milhões.