Igualdade de gênero é promovida entre beneficiários do Bolsa Família

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Mais de 90% dos quase 14 milhões de titulares do programa federal Bolsa Família são mulheres, das quais 68% são negras, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Para intensificar a promoção da igualdade de gênero entre os beneficiários do Bolsa Família e ampliar a participação feminina nas decisões sobre gastos, um projeto está envolvendo homens e mulheres do programa na discussão sobre equidade. A iniciativa está em fase de capacitar profissionais que trabalham diretamente este público para que incluam a discussão de gênero em suas rotinas.
O projeto é realizado com apoio do Fundo para a Igualdade de Gênero da ONU Mulheres e a metodologia e implementação do trabalho são da organização não governamental (ONG) Instituto Promundo. Durante três anos e meio, foi feita uma série de atividades e campanhas educativas em comunidades rurais e urbanas do Rio de Janeiro e Recife para questionar os estereótipos sobre o papel de mulheres e homens que gerando desigualdades de gênero. Pesquisas qualitativas realizadas antes e depois dos trabalhos mostram mudanças significativas nas percepções dos homens e das mulheres sobre o tema.
Entre os participantes da iniciativa, o percentual de homens que achavam que cuidar dos filhos também é responsabilidade do pai subiu de 75% para 100% depois do projeto. O número de homens que afirmavam que cuidar da casa, das crianças e cozinhar para a família são as principais funções da mulher caiu de 35,5% para 22%. Antes do projeto, 13% dos homens declaravam que a decisão sobre os gastos familiares era exclusividade masculina. Esse percentual caiu para 8%.
No caso de algumas mulheres, a resignação sobre o papel feminino no cuidado com a casa e os filhos foi substituída pela consciência da responsabilidade dos homens nessas tarefas e sobre o direito das mulheres de buscar maior independência emocional e financeira.
Formação de multiplicadores
A fase atual do projeto tem sido capacitar profissionais que trabalham diretamente com o público beneficiário do Bolsa Família para que incluam a discussão de gênero em suas rotinas. Até o momento, mais de 400 profissionais de órgãos públicos e secretarias do Rio de Janeiro, de Nova Friburgo (RJ), Itararé (SP) e Recife (PE) participaram de cursos e tiveram acesso ao caderno de ferramentas, com orientações e sugestões de atividades, cuja versão online está disponível no site do instituto (http://www.promundo.org.br).
No Rio de Janeiro, a capacitação foi feita em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, com oficinas de 16 horas. Esses profissionais têm incentivado encontros sobre o tema nos locais de atuação e aplicado a metodologia aprendida.

Fonte: Agência Brasil

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