Protagonismo feminino: 1 minuto contra a violência

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Ainda há muito que se fazer em nome da igualdade de gênero e fim do machismo no Brasil, apesar dos dez anos de Lei Maria da Penha. Com o objetivo de combater à violência contra a mulher e incentivar o protagonismo feminino, estão abertas até dia 22 de outubro as inscrições gratuitas para o Concurso de Vídeo por celular “1 minuto contra a violência”.  A ficha de inscrição, o regulamento e o material estão disponíveis no site: www.senado.leg.br/concurso1minutocontraaviolencia
Com o tema “Mulher e a superação da violência”, as produções servirão como instrumento pedagógico a partir de exemplos de mulheres que possam encorajar o rompimento do ciclo de violência.  A iniciativa é promovida pelo Senado Federal, através da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher e requerimento da deputada petista Luizianne Lins (PT-CE). “Além de conhecer histórias de superação, o concurso pretende estimular mulheres a resgatar o protagonismo de suas vidas, desenvolver a criatividade e contribuir com a produção de materiais audiovisuais como instrumentos pedagógicos capazes de auxiliar e encorajar o rompimento do ciclo de violência”, disse a parlamentar.
A pessoa interessada em participar do concurso deve ter mais de 15 anos e produzir no celular ou tablet um curta-metragem com 1 (um) minuto de duração. Serão aceitos todos os gêneros (ficção, clipe ou documentário), desde que sejam voltados a contar histórias de superação da violência contra a mulher. Pelo regulamento do concurso, os curtas-metragens deverão ter classificação livre e não ter exposição de crianças e conteúdo que comprometa a dignidade dos menores. Além disso, não serão aceitos os curtas-metragens que tenham sido exibidos antes da inscrição no concurso.
Cada inscrito só poderá concorrer com um vídeo. Segundo o regulamento, o julgamento dos trabalhos será feito em dois formatos: júri popular e júri técnico, que avaliarão alguns pontos como: aproveitamento dos recursos da mídia proposta, inovação, criatividade e peculiaridade pelo tema proposto. A premiação ocorrerá no final do ano, para os três melhores vídeos, sendo um escolhido pelo júri popular e dois pelo júri técnico.
O Brasil é o 5º país que mais mata mulheres do mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O Mapa da Violência (2015) ressalta que mais da metade dos homicídios de mulheres no Brasil são cometidos por familiares e 33,2% por parceiros ou ex-parceiros. A violência contra a mulher vai muito além da violência física e sexual. A violência verbal cria feridas tão profundas como as demais. Xingamentos, ameaças e palavras de desprezo deixam traumas e desestrutura a mulher.
A violência psicológica é entendida legalmente como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento, ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir. Assim como qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.
Muitas vezes a violência verbal é confundida com a violência moral, a qual se refere a qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. Também existe a violência patrimonial contra a mulher, reconhecida legalmente. É entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. A verdade é que qualquer tipo de violência contra a mulher faz mal a toda família e deixa feridas irreparáveis.

 

por Ana Paula Moresche

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