Questão de Gênero – 25/05

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Mulher na Fifa será responsável pela Copa do Mundo

A senegalesa Fatma Samba Diouf Samoura deve assumir em meados de junho
A senegalesa Fatma Samba Diouf Samoura deve assumir em meados de junho

O presidente interino Michel Temer, desde a nomeação dos novos ministros no dia 12 de maio, vem recebendo críticas pela composição das pastas. O motivo é porque os ocupantes dos 23 ministérios são, em sua totalidade, homens.

O Brasil, comparado a outros 190 países, aparece na centésima posição no ranking de presença feminina em ministérios, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Na própria ONU, as mulheres ocupam três das 15 presidências das agências especializadas — Fundo Monetário Internacional (FMI), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e Organização Mundial da Saúde (OMS).

Até a Fifa, uma entidade tradicionalmente masculina, nomeou este mês a senegalesa Fatma Samba Diouf Samoura como sua nova secretária-geral,— cargo responsável pela organização da Copa do Mundo cargo e que até o ano passado foi ocupado pelo francês Jérôme Valcke. Samoura trabalhou por 21 anos na Organização das Nações Unidas (ONU) e atualmente é coordenadora humanitária da entidade e representante do seu Programa de Desenvolvimento na Nigéria.
A senegalesa deve assumir a função de secretária-geral em meados de junho, após passar por uma sabatina do Comitê de Revisão da associação máxima do futebol mundial. Sua nomeação é uma das principais medidas de Infantino para comprovar que está comprometido com ideais de transparência, depois dos mandatos marcados por corrupção de Joseph Blatter.

 

Estudo : 86% das mulheres brasileiras sofreram assédio em público

A pesquisa divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid na última sexta-feira (20) mostra que 86% das mulheres brasileiras ouvidas sofreram assédio em público em suas cidades. O levantamento mostra que o assédio em espaços públicos é um problema global, já que, na Tailândia, também 86% das mulheres entrevistadas, 79% na Índia, e 75% na Inglaterra já vivenciaram o mesmo problema.

A pesquisa foi feita pelo Instituto YouGov no Brasil, na Índia, na Tailândia e no Reino Unido e ouviu 2.500 mulheres com idade acima de 16 anos nas principais cidades destes quatro países. No Brasil, foram pesquisadas 503 mulheres de todas as regiões do país, em uma amostragem que acompanhou o perfil da população brasileira feminina apontado pelo censo populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Todas as estudantes afirmaram que já foram assediadas em suas cidades. Para a pesquisa, foram considerados assédio atos indesejados, ameaçadores e agressivos contra as mulheres, podendo configurar abuso verbal, físico, sexual ou emocional.
Em relação às formas de assédio sofridas em público pelas brasileiras, o assobio é o mais comum (77%), seguido por olhares insistentes (74%), comentários de cunho sexual (57%) e xingamentos (39%). Metade das mulheres entrevistadas no Brasil disse que já foi seguida nas ruas, 44% tiveram seus corpos tocados, 37% disseram que homens se exibiram para elas e 8% foram estupradas em espaços públicos.

 

por Ana Paula Moresche

amoresche@jornalhoje.inf.com.br

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