Avaliação – Jeep Commander 2.0 Hurricane Blackhawk 4WD (Aut) 2025

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Por Guilherme Sousa @verocarro.pa (texto e fotos)

Lançado no Brasil em agosto de 2021, o Jeep Commander logo atraiu clientes muito por conta da sua proposta familiar, com capacidade para até sete ocupantes, algo que faltava no line-up da marca estadunidense. Ponto para a Stellantis, que criou para o mercado latino-americano um produto próprio para tal vocação. Mesmo com toda a qualidade construtiva e nível de acabamento excepcionais, o motor Firefly 1.3 T270 era subdimensionado para o tamanho do carro, enquanto que o MultiAir 2.0 TD380, agora descontinuado, supria, mas não empolgava. Ouvindo as queixas dos consumidores, o conglomerado emplaca no Jeep Commander, a partir do ano modelo 2025, o propulsor 2.0 turbo a gasolina, da família Hurricane, usado nos Jeep Compass e Wrangler, e na Ram Rampage.

Para conferir todo o poderio do novo motor, testamos, durante sete dias, o Jeep Commander Blackhawk, versão topo de linha, numa deferência feita pela equipe de comunicação da Stellantis (muito obrigado, Carolina Alves, Tatiana Carvalho, Fabrício Biondo e Stephanie Cristine), com o apoio da concessionária Way (obrigado, Ulisses Lira). Admito: fiquei surpreso com o conjunto da obra. No seu visual exterior, que pouco alterou, podemos destacar a entrada das linhas horizontais nas sete fendas que compõem a grade frontal, troca dos cromados por apliques escuros nos emblemas, dando um ar de esportividade ao SUV, novas rodas de liga-leve de 19 polegadas e dupla saída de escape, ao passo que o interior continua com revestimentos que misturam couro e suede, mas escuros, além do bordado Blackhawk nos encostos dos bancos dianteiros.

Voltando ao novo motor, maior destaque no novo Commander Blackhawk, o Hurricane 4 2.0 T400 desenvolve 272 cavalos de potêncai e 40,8 kgfm (400 Nm) de torque. Desse modo, sai da inércia aos 100 km/h em apenas sete segundos, e conta com o auxílio do câmbio automático de nove marchas, feito pela ZF, e da tração 4WD com reduzida e modos de tração Sand/Mud, Snow e Auto. Conjunto motriz este que não nega fogo na cidade, na estrada ou fora dela. Além do mais, para acomodar o novo bloco, a Jeep tratou de recalibrar a suspensão (que absorveram os impactos do solo lunar de Belém) e aplicou freios a disco nas quatro rodas, com pinças vermelhas. Mesmo pesando quase 2 toneladas, o Hurricane 4 prova e comprova que tem fôlego e disposição de sobra. Logo no primeiro dia, suas dimensões permitiram o carro atravessar pontos de alagamento sem dificuldades, visto ter chovido forte na ocasião.

Entre os principais equipamentos de série, o Jeep Commander Blackhawk traz painel de instrumentos digital de 10,25 polegadas, central multimídia de 10,1 polegadas, conexões Android Auto e Apple CarPlay sem cabos, Alexa integrada, plataforma Adventure Intelligence com Off-road Pages, porta-malas com abertura e fechamento elétricos, ar-condicionado digital bizona, teto solar panorâmico, bancos dianteiros com regulagem elétrica e com memória para o do motorista, carregador de celular por indução, sistema de som premium assinado pela Harman-Kardon e pacote ADAS nível 2 contendo alerta de saída de faixa com correção, frenagem de emergência e controlador de velocidade adaptativo.

Espaço interno é o ponto forte do Commander Blackhawk, graças aos 2,79 metros de entre-eixos. Podendo carregar até sete ocupantes, o maior e mais refinado dos Jeep fabricado em Goiana, Pernambuco, dá aos que vão na segunda fileira saídas independentes de ar-condicionado com ajuste da velocidade do ventilador, duas portas USB, sendo uma A e outra C, e tomada 127 volts, e permite rebatimento na proporção 60/40 e regulagem do espaço para pernas, o que pode favorecer quem vai na terceira fila. E sobre ela, que comporta dois passageiros, existe uma entrada USB e dois porta-copos. Porém, aconselho levar apenas crianças ou adultos de baixa estatura, devido ao espaço acanhado, e a climatização sofre para chegar até lá. Com sete, o porta-malas comporta 233 litros, e com cinco, são 661 litros de bagagem.

Como toda máquina que se preze, há escorregões. Aqui, elenco a ausência de um modo Sport de condução, existente até na irmã de plataforma Ram Rampage, o que cairia bem com o propulsor, dada a pegada esportiva por excelência. Outra falha deixo para o aviso sonoro de “radar à frente”. Enquanto ouvia uma música, digamos, no volume 10, o sinal soava num volume dobrado, o que ficava irritante. A Jeep bem que poderia por regulagem deste volume em questão ou um aviso sonoro mais brando, de modo a dar melhor bem-estar à quem dirige e aos demais que vão viajando (se tem ajuste de volume, não sei onde fica).

CONCLUSÃO

Precificado em R$ 335.990,00, o novo Jeep Commander Blackhawk mostra-se um bom investimento para levar a família toda, entregando níveis de conforto, desempenho, tecnologia e segurança fora de série para um automóvel fabricado no Brasil. Não à toa, o modelo já teve mais de 50 mil unidades vendidas em três anos e meio, escancarando seu sucesso de mercado. Isto é um imperativo de que o Commander é pedra no sapato de SUVs do quilate de um Toyota SW4, cujo preço começa em R$ 384.190,00 para a SRX Platinum de cinco lugares (para ter um de sete lugares, seria necessário desembolsar R$ 390.590,00), e até mesmo dos chineses eletrificados. De toda forma, o Hurricane 4 é a solução do problema da performance que acometia o SUV grande.

*FICHA TÉCNICA

Motor: Hurricane 4 2.0 turbo

Potência: 272 cv

Torque: 40,8 kgfm (400 Nm)

Câmbio: Automático de nove marchas

Combustível: Gasolina

Consumo: 8,4 km/l

0-100 km/h: 7 segundos

Velocidade máxima: 220 km/h

Tração: 4WD com reduzida

Direção: Elétrica

Suspensão dianteira: Independente, McPherson com molas helicoidais

Suspensão traseira: Independente, McPherson com molas helicoidais

Comprimento: 4,76 m

Largura: 1,86 m

Altura: 1,72 m

Distância entre-eixos: 2,79 m

Volume do porta-malas: 233 litros (7 lugares)/661 litros (5 lugares)

Rodas: 7,5” x 19” – liga-leve

Pneus: 235/50 R19

Peso do veículo (em ordem de marcha): 1.886 kg

Capacidade de carga: 540 kg

REVISÕES*

12.000 km: R$ 798,00

24.000 km: R$ 1.289,00

36.000 km: R$ 798,00

48.000 km: R$ 1.289,00

60.000 km: R$ 1.913,00

72.000 km: R$ 1.780,00

*Preços fixos sugeridos pela montadora, com intervalos de um ano ou 12.000 km para cada revisão, o que ocorrer primeiro.

*Dados do fabricante

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