PRIMEIRA VOLTA com o Mini Cooper S E 2022

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Está cada vez mais comum ver veículos elétricos rodando pelas ruas do Brasil, no resto do mundo então, nem se fala. Em nosso País a procura por modelos 100% elétricos ainda é baixa devido ao valor cobrado pelos modelos e também pela falta de incentivo do Governo. Apesar de muitos modelos vendidos por aqui serem de segmentos diferentes, os valores da maioria são compatíveis, e de uma certa forma passam a ser concorrentes diretos na busca pelo modelo ideal. Para a Mini os mercados automotivos da Alemanha e do Reino Unido estão entre as regiões de vendas em alta.

A marca, que já anunciou a comercialização exclusiva de carros elétricos a partir de 2030, possui no seu lineup atual de eletrificados dois modelos: o híbrido plug-in Mini S E Countryman ALL4 (disponível no Brasil desde 2018) e o recém-lançado no país Mini Cooper S E, Hach de 3 portas e primeiro modelo da Mini a ser equipado com powertrain 100% elétrico.

Eu tive a oportunidade de testar por um dia o Mini Cooper S E. De acordo com a marca, os veículos eletrificados desempenham um papel fundamental para a performance da marca no mercado mundial. Suas vendas globais totalizaram, no primeiro semestre deste ano, 23.777 unidades, o que representa 15% das 157.799 unidades comercializadas pela marca no período, em todo mundo, contribuindo para o crescimento geral das vendas da Mini (+32,6%), em comparação com a primeira metade do ano passado.

O modelo avaliado é totalmente elétrico e livre de emissões e acaba de desembarcar no Brasil, já alcançou 13.454 unidades vendidas entre janeiro e junho de 2021 em todo o mundo. Um total de 31.034 unidades do primeiro modelo totalmente elétrico de Mini já foram entregues desde o lançamento global do modelo, no ano passado.

Por fora o modelo exibe suas linhas já conhecidas e marcantes. Baixo e curto, o hatch tem frente envolvente com grandes faróis arredondados e dotados de LEDs diurnos, bem como projetores em LED. A grade arredondada com elementos em cinza dá o tom nostálgico ao modelo que combinam com o para-choque bem envolvente e entradas de ar proeminentes.

Ainda na parte externa, estão lá os retrovisores redondos, um diferencial do modelo, além das colunas retas que mostram seu visual mais “retrô”. Seguindo para o teto, que oferece o espaço para a personalização ao gosto do comprador.

Quando a traseira fica em evidência destacam-se as lanternas em LED em formato amendoado e detalhes cromados. A cobertura da placa também é personalizável, enquanto o protetor pode ser simples ou bem agressivo dependendo da versão. Além da já tradicional bandeira da Inglaterra que aparece ao pisar nos freios na cor vermelha.

Se por fora o Mini Cooper elétrico chama a atenção, por dentro não é diferente. O destaque fica por conta do grande elemento circular localizado ao centro do painel, que abriga a multimídia Mini Connected e sistema de áudio. Logo abaixo estão os comandos do ar-condicionado digital, bem como teclas estilizadas para as mais diversas funções, inclusive o botão para ligar e desligar o carro.

Ideal para quem gosta de dirigir, o Mini Cooper S E tem o volante pequeno com comandos embutidos, bem como instrumentação analógica presa à coluna de direção, ficando sempre na visão do condutor. Há também HUD e console elevado para o câmbio, além de comando de navegação. Os bancos são em couro, macios e envolventes, deixando o motorista bem à vontade ao volante.

O Cooper S elétrico mantém exatamente as mesmas medidas do Cooper S tradicional: em comprimento (3.850 mm), largura (1.727 mm) e distância entre eixos (2.495 mm). A diferença aparece na altura, 18 mm maior no elétrico (1.432 mm), por conta da suspensão ligeiramente elevada para acomodar com segurança a bateria de tração.

Ainda que tenha 190 kg extras no peso em ordem de marcha (1.365 kg), o Cooper S E possui centro de gravidade 30 mm mais baixo que o modelo a combustão graças ao posicionamento das baterias no assoalho, em forma de T, onde ficariam a tubulação de escapamento e o tanque de combustível. Por conta disso, o espaço na cabine e no diminuto porta-malas (211 litros) manteve-se inalterado.

A versão 100% elétrica é oferecida no Brasil em três versões: Exclusive (R$ 239.990), Top (R$ 264.990) e Top Collection (R$ 269.990). Na etapa de lançamento, os clientes ganharão o Wallbox da marca (que custa R$ 7.900) e as 3 primeiras revisões grátis.

Desde a versão básica, o Cooper elétrico traz de fábrica ar-condicionado digital de duas zonas, central multimídia de 8,8”com serviços conectados, quadro de instrumentos digital de 5”, teto solar panorâmico, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré e faróis full LED. A versão Top avaliada acrescenta itens como sistema de estacionamento automático, som Harman/Kardon, head-up display, chave presencial, faróis matriciais direcionais, assistente de mudança involuntária de faixa e frenagem autônoma com detecção de pedestres. A variante Collection diferencia-se pela ausência de teto solar e opção de pintura do teto em três cores.

O Mini Cooper S E 3 portas chega com um motor elétrico de 184 cv de potência e 27,5 kgfm de torque. A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 7,3 segundos, enquanto a velocidade máxima é limitada a 150 km/h, segundo dados de fábrica. O modelo traz os modos de condução Sport, Mid, Green e Green+, que entregam respostas ao acelerador mais ou menos ágeis e interferem instantaneamente na autonomia. O compacto inglês tem comportamento próximo ao modelo convencional, com boa estabilidade em curvas e direção com assistência elétrica na medida certa (leve apenas em manobras).

A suspensão usa batentes de borracha de curso bem curto que deixam o Mini como um kart, daí o “Go Kart Feeling” que é uma das características desse modelo que transmite muita segurança e a diversão garantida para quem dirige. Aliado aos duros pneus run flat, transmitem à cabine as imperfeições do asfalto.

A energia é fornecida para o motor elétrico por uma bateria de 32,6 kWh de capacidade bruta de armazenamento (sedo 28,9 kWh de capacidade líquida). Com consumo homologado de 18 kWh/100 km, a autonomia do modelo é de 234 km pelo ciclo de testes global WLTP. Para quem utiliza o carro somente para ir e voltar do trabalho, uma carga semanal no próprio Wallbox pode ser suficiente. E barata: segundo a Mini, uma carga completa da bateria pode custar, em média, R$ 30.

O lado “bom” da bateria de menor capacidade é a agilidade de recarga, sendo necessárias 2 horas e 30 minutos para chegar a 80% do nível total em carregadores Wallbox de 11 kW (corrente alternada). O compacto também é compatível com plugues de corrente contínua, para carregadores de 50 kW, o que permite baixar o tempo de recarga (de até 80%) para 36 minutos.

A Mini oferece de série a opção de carregador doméstico de emergência, com plugue de três pinos compatível com o padrão brasileiro. Desta forma, basta conectar o cabo do modelo a qualquer tomada 220V (com aterramento) para iniciar a carga do modelo, que pode levar entre 12 e 14 horas.

Outro recurso que auxilia a administrar a autonomia é o ajuste de regeneração de energia em frenagens, com dois níveis (baixo e alto). No segundo, a desaceleração do modelo é intensa ao tirar o pé do acelerador, o que reduz a necessidade de uso do freio. Aliás, o Mini Cooper S E traz acionamento eletromecânico do freio de estacionamento, mas deve a função de retenção automática (auto hold) em paradas.

Em um trajeto feito somente com o motorista a bordo e sem carga no porta-malas, usamos o pedal do acelerador com parcimônia e tivemos que optar por rodar com ar-condicionado desligado (e vidros fechados!) a maior parte do tempo, a fim de tentar conter a rápida queda do nível de carga da bateria. Ao final do test-drive, de 169 km ao todo, devolvemos o Cooper S E no mesmo local de partida com 12% de bateria e 13 km de alcance – o que indicaria autonomia real de 182 km, próxima aos 185 km sugeridos no início do teste. O consumo, entretanto, foi de 14,7 kWh/100 km, índice melhor do que o divulgado pela marca.

O veículo foi gentilmente cedido pela concessionária BM Rio, autorizada BMW, para um teste rápido para conhecer melhor o modelo. Quem quiser adquirir um Mini Cooper S E 100% elétrico basta ir pessoalmente na concessionária no endereço: Rua Mena Barreto, 161, Botafogo ou acessar o site oficial www.bmwrio.com.br e contatar um consultor para agendar um test-drive. (Por Marcus Lauria – texto e fotos)

*FICHA TÉCNICA:

Motor: elétrico, dianteiro, 184 cv, 27,5 kgfm.

Baterias: íons de lítio, 32,6 kWh

Autonomia: 234 km (ciclo WLTP)

Tempo de recarga: recarga rápida DC 50kW (0-80%), 29mi.

Câmbio: marcha à frente e uma à ré, tração dianteira.

Freios: a disco nas quatro rodas;

Direção: elétrica;

Pneus e rodas: 205/45 R16, liga leve.

Velocidade máxima: 150 km/h.

Dimensões:

comprimento, 385 cm;

largura, 172,7 cm (excluindo retrovisores);

altura, 143,2 cm;

entre-eixos, 249,5 cm;

porta-malas, 211 litros.;

peso, 1.365 kg

*Dados do fabricante

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