Bola Cheia
Os cartórios de Ofício de Registro de Distribuição terão que informar em locais de fácil visualização sobre a gratuidade na emissão de certidões cíveis e criminais, além dos procedimentos necessários para sua concessão. É o que determinada a lei 7.430/2016, sancionada pelo governador em exercício Francisco Dornelles, publicada no Diário Oficial de ontem (27/9). Boa!
Bola Murcha
Não poderia deixar de ser para os que usam a internet, as redes sociais visando espalhar, pânico e notícias mentirosas. Esse comportamento não constrói e nem contribui com a evolução social. O atual final de campanha eleitoral tem sido marcado por esse comportamento doentio, em todos os níveis. Uma pena, pois pessoas são seres sensíveis e, na sua maioria, do BEM.
Redes sociais e marqueteiros
Definitivamente a campanha política esta focada nas redes sociais. Os marqueteiros estão se revelando com imagens que dizem muito mais que mil palavras. Isso fica ainda mais claro com a equipe que está fazendo a campanha do Nelson Bornier em Nova Iguaçu. Os vídeos têm sido apontados como perfeitos por profissionais da área. Mas, os adversários, Rogerio Lisboa e Rosangela Gomes, também abusam das imagens. E a coisa não acontece só em Nova Iguaçu. O candidato a prefeito do PT em Japeri, André Ceciliano, está usando até ‘drone’. Aliás, o marqueteiro é o mesmo do Delio Leal em Paracambi. Outro que acumula campanha é o marqueteiro do Bornier. Ele também está trabalhando com Marcelo Simão em Meriti. Dizem que o moço está “se mantando” para levar Simão ao segundo turno.
Boataria em Nova Iguaçu
O final da noite de segunda-feira (26/09/2016) foi marcada por uma boataria orquestrada e simultânea acerca de supostos assassinatos em série de pessoas em vários pontos de Nova Iguaçu. Típico de fato fake em períodos pré-eleitorais, a espécie de terrorismo mental para desequilibrar votantes, deixou boa parte das pessoas em dúvida nas redes sociais. Dessa vez, um tal gol branco cuja placa estava ofuscada pelo ‘photoshop’ e estacionado ‘em local de crime’ não identificado como sendo na Cidade, foi o personagem central da trama.
PMs vestiam fardas
diferentes no local
Nas proximidades do tal gol branco, policiais com uniforme ‘caki’, sem mostrar os rostos, nada pareciam com o fardamento da PM do Rio. Isso foi notado por alguns em grupos do whatsApp e facebook. Totalmente falso. Sem contar os áudios jurando que a matança era real e que parentes das ‘vozes’ haviam sido mortos. Detalhe: a inflexão e a emoção de quem gravou nem de longe parecia de alguém que presenciara a mortandade. “Mataram o primo do marido de uma amiga”. “Os bandidos levaram o bebê de uma menina”, e por aí vai.
À cata de defuntos
no Jardim Alvorada
Em meio à onda das mentiras postadas, a coluna entrou em contato com um morador e leitor do Jardim Alvorada, que margeia a Estrada de Madureira, sobre “assassinatos” no local e o mesmo disse: “Cheguei no largo, não vi mortos e ouvi das pessoas: ‘estamos procurando os defuntos que falaram no zap, mas nada. Cadê os defuntos moço?’. Tranquilo entrei em casa e ninguém da minha família tinha conhecimento do gol branco ou outra coisa”, narrou o leitor.
Mortos e a polícia ‘sem saber de nada’
Em um grupo do WhatsApp um afirmou que havia chacina, outro que tinha recebido fotos com vários corpos (Jardim Alvorada/Morro Agudo), além de outro que falou sobre vários locais de Austin atingidos pela ‘ação criminosa’. Uma outra pessoa soltou: “gente vocês estão sabendo de alguma coisa? Minha amiga disse que passou um carro atirando e matou algumas pessoas em Nova Iguaçu”. “O 20º Batalhão da Polícia Militar não confirmou até o momento nenhuma chacina em Nova Iguaçu. Estamos apurando, pois grande parte dos áudios e das fotos de corpos que estão circulando nas redes sociais são suspeitos de serem boatos”, disse a nota divulgada pela PM.
Dona de casa fica
na bronca com boatos
Ainda sobre a onda fake do gol branco & cia, a internauta Rosilene, reagiu revoltada: “Eu queria saber o que tem na cabeça dessas pessoas que espalham esses tipos de boatos. Até as fotos são de reportagens de ocorrências em outros estados, anos atrás. Amanhã muita gente acorda cedo para trabalhar ou ir para a escola e isso deixa todo mundo em pânico. Antes de compartilhar, saibam se os fatos são verdadeiros!”, bradou ela.
Timbre de voz sem medo
Nos áudios, uma coisa em comum no terrorismo mental, a voz era bem natural e sem pânico ao alertar para ninguém ficar na rua, pois corria risco de morte, e informar que os comerciantes estavam fechando suas lojas com medo do pior. Segundo especialistas em desvendar boatos, esses dois pontos nas gravações indicam a falsidade do fato, ou seja, pode até surtir efeito nos desavisados e incautos, mas nada acontece. “É preciso manter a calma, analisar e checar as informações escritas e gravadas. Após saber que tudo é mentira, informar nas redes sociais e às pessoas mais próximas”, ensina um dos técnicos no assunto.
Para finalizar…
A coluna, preocupada com os efeitos nocivos que uma onda de boatos pode causar, procurou saber sobre o comportamento de pessoas na manhã de terça-feira (27). Uma parte superou e seguiu a vida após verificar a ‘mentirada’; outra sentiu o baque: “por via das dúvidas não levei minha filha na escola hoje”, contou uma das mães do bairro Ouro Preto.
