Famílias de jovens abusados sexualmente em estação fazem acordo com Supervia

     

    As famílias dos dois jovens submetidos a humilhações e agressões em uma estação de trem da Super via, no dia 7, entraram em acordo com a concessionária. Nesta segunda-feira, representantes da Super via e familiares das vítimas assinam o acordo que inclui indenização pecuniária, apoio psicológico e suporte profissionalizante para os dois. Os valores estão protegidos por cláusula de sigilo. As negociações, que incluem uma primeira reunião no dia 12, sem sucesso no acordo, foram intermediadas pela Defensoria Pública do Estado do Rio.

As vítimas contam que foram agredidas por homens que se identificaram como policiais e funcionários da Super via e obrigados a praticar sexo oral um no outro. Os agressores gravaram as cenas e postaram na internet. Dois ex-agentes da Super via e um dos policiais militares acusados de abusarem sexualmente dos jovens, de 17 e de 18 anos, foram presos. O outro PM identificado está sendo procurado. Segundo os jovens, eles foram abordados no trem por homens que se identificaram como policiais e funcionários da Super via. Os amigos admitiram que iam comprar maconha na Mangueira, mas alegaram estar sem a droga na hora da abordagem. Os rapazes contam que foram retirados do trem e que sofreram agressões, ameaças, abusos e humilhações dentro da estação Maracanã, na Zona Norte. O defensor público Rodrigo Pacheco afirma que os jovens relataram terem sido obrigados a rolar em fezes e urina no local onde o vídeo foi feito.

Pacheco revelou, também, que a dupla diz estar sofrendo ameaças de policiais militares no município onde moram, em Paracambi, na Região Metropolitana do Rio, cidade próxima a Japeri. Eles contam que, quando passaram em frente a policiais militares da região, eles mostraram a arma e fizeram comentários debochados sobre o vídeo.

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