Dilma diz que com pracinhas na Segunda Guerra “a cobra fumou”

A presidente condecorou três ex-combatentes que estiveram com a FEB na Europa: "Muito me honra prestar homenagem aos nossos pracinhas” Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidente condecorou três ex-combatentes que estiveram com a FEB na Europa: “Muito me honra prestar homenagem aos nossos pracinhas”
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidente Dilma Rousseff afirmou, durante solenidade em comemoração aos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, que a participação de pracinhas da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi uma demonstração de que “a cobra fumou” com a ajuda do País no combate à “intolerância” representada pelo do Eixo – grupo de países liderado por Alemanha e Itália que lutou contra os Aliados, capitaneados por EUA e a Inglaterra.
“Na época não se acreditava que seríamos capazes de enviar uma força expedicionária para combater na Itália, que era muito difícil fazer uma cobra fumar e, finalmente, com os pracinhas, a cobra fumou. E isso nos lembra o lema da Força Expedicionária”, disse.
O lema teria surgido, segundo relatos da época, porque pracinhas reunidos no centro de São Paulo antes de embarcar para a Itália se distraíam com um homem que literalmente fazia uma cobra fumar na Praça da Sé, onde se apresentava com o animal.
Boatos da época também dão conta de que Adolf Hitler teria afirmado que seria mais fácil uma cobrar fumar do que o Brasil entrar na guerra contra a Alemanha, tendo em vista que o ex-presidente Getúlio Vargas flertou com o fascismo e com parcerias econômicas com nazistas.

Presidente quer um mundo regido por normas e instituições democráticas

A presidente Dilma Rousseff defendeu uma ordem mundial mais justa a partir do compartilhamento de responsabilidades entres os países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU), ressaltando que o surgimento do organismo multilateral só foi possível há partir do empenho dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra Mundial. “Hoje nosso soldados dedicam sua coragem e tenacidade à operações de paz patrocinadas pela ONU, porque os pracinhas, nossos soldados de ontem, ajudaram a colocar um ponto final na guerra e seus horrores. Se isso não tivesse ocorrido não haveria ONU”, disse.
Segundo fontes palacianas, os pracinhas pediram para que a solenidade ocorresse em Brasília por ser a capital do País, o que foi prontamente aceito por Dilma, cuja agenda incluiu reunião com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. A presidente vai avaliar a transferência definitiva deste evento para Brasília e a construção de um monumento em homenagem aos pracinhas.
A cerimônia em homenagem à Força Expedicionária Brasileira (FEB) teve direito a tiros de canhão e hino nacional em frente ao Planalto. A presidente condecorou três ex-combatentes que estiveram com a FEB na Europa. “Muito me honra prestar nossa homenagem aos nossos pracinhas. Ao lutarem contra a intolerância, ajudaram a plantar a semente de um mundo mais justo e democrático”, afirmou.
“Nossos valores e princípios permanecem os mesmos pelos quais os pracinhas lutaram. Queríamos um mundo regido por novas instituições democráticas, no qual prevalecesse a tolerância. Um mundo em que construção de uma ordem mais justa e mais próspera seja responsabilidade compartilhada pelas nações”, considerou a presidente.

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