Mercedes: GT S e C63 S chegam ao Brasil

150522 V41Como um todo, o mercado automotivo brasileiro não anda em seus melhores dias. No primeiro quadrimestre, as vendas totais de automóveis no país caíram 18% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas, aparentemente, a parcela mais rica da população não tem do que se queixar. Pelo contrário. Os segmentos de veículos de altíssimo luxo têm registrado expressivas elevações nas vendas. É o caso da linha AMG, a mais esportiva e requintada da já elitizada marca de automóveis Mercedes-Benz. No ano passado, a linha AMG registrou seu recorde de vendas no Brasil, com 504 unidades emplacadas. E os números desse ano indicam que o recorde será novamente quebrado. Para ajudar a AMG a pegar ainda mais embalo por aqui, a Mercedes acaba de apresentar dois novos modelos, que começam a ser vendidos em junho. Tratam-se do C 63 S e do GT S, que investem em motores mais fortes, maior requinte e novas tecnologias em relação aos seus modelos originários na linha Mercedes – respectivamente o sedã Classe C e o cupê GT.

No caso do C 63 S e do GT S, a “estrela da companhia” é o poderoso 4.0 litros V8 biturbo de 510 cv de potência e boçais 71,4/66,3 kgfm de torque máximo, respectivamente. Os dois turbocompressores são posicionados dentro do V formado pelos cilindros – uma configuração conhecida como “hot inside V”. O motor é montado manualmente em Affalterbach, segundo o princípio “um homem, um motor”, tradicional nos modelos AMG. Cada um dos propulsores leva a assinatura do técnico responsável pela sua produção. O câmbio esportivo de ambos os modelos é um SpeedShift MCT com sete velocidades.
150522 V41BMas nem só de “powertrain” se faz um AMG. A suspensão dos dois modelos é a esportiva Ride Control, o diferencial blocante traseiro é controlado eletronicamente e o sistema Dynamic Select oferece modos de transmissão específicos para cada demanda – todas essas tecnologias são heranças da atuação dos modelos AMG nas pistas de corridas. A suspensão Ride Control é regulável e a função Race Star ajuda a ganhar força nas partidas. Segundo a Mercedes, o C 63 S acelera de zero a 100 km/h em 4,0 segundos e atinge a velocidade máxima de 290 km/h, eletronicamente limitada. A relação peso-potência é de excepcionais 3,4 kg/cv. Já no caso do GT S, o zero a 100 km/h pode ser feito em apenas 3,8 segundos e a velocidade máxima fica em 310 km/h, também controlada eletronicamente. E a relação peso-potência fica em realmente impressionantes 3,1 kg/cv.

Não vai ser muito fácil esbarrar com esses modelos pelos engarrafamentos nacionais. Afinal, seus preços fazem com que sejam destinados apenas a requintadas garagens de umas poucas mansões brasileiras. O GT S é oferecidos por US$ 329.900, enquanto o C 63 S sai por US$ 209.900. Mesmo com a Mercedes-Benz prometendo praticar o câmbio “camarada” de R$ 2,60 por dólar para os dois lançamentos, ainda assim os novatos, em reais, atingem valores impressionantes – R$ 857.740 no GT S e R$ 545.740 no C 63 S. Nessa faixa, concorrerão com compatriotas alemães igualmente destinados à faixa mais abonada da população, como Audi R8 e RS4 e BMW M3.

Por: Luiz Humberto Monteiro Pereira
Auto Press

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